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Mostrando postagens de julho 3, 2008

João Cabral de Melo Neto: o poeta e a poesia visual

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Falar da estética poética de João Cabral é retomar a didática classificação dele enquanto poeta precursor do Movimento Concretista no Brasil. Sem dúvidas, como dissemos noutra post, a poesia cabralina é um marco para a literatura brasileira, porque sua obra desencadeia uma revolução formal das mais importantes na história da poesia em nosso país, representando a maturidade das conquistas mais radicais do século XX. Opondo-se ao principal curso da poética nacional que sempre fora o do sentimental, retórico, ornamental, João Cabral de Melo Neto constrói uma poesia não-lírica, não-confessional, presa à realidade e dirigida ao intelecto. Apesar de pertencer cronologicamente à Geração de 45, formada por nomes como Péricles da Silva Ramos, Geraldo Vidigal, Ciro Pimentel entre outros, João Cabral não se enquadra esteticamente nesta geração. A Geração de 45 propunha um retorno às formas tradicionais do verso, como o soneto e negava o experimentalismo dos Modernistas de 22. João Cabral é