As cartas do amor insondável entre Kafka e Felice
Em 16 de junho de 1913, Franz Kafka confessou a Felice Bauer
que não era grande coisa. “A verdade e que não sou nada, nada do que se diz”,
lhe escreveu. Imediatamente depois lhe explicava que não conhecia nada tão desastroso
nas relações humanas como ele, e que tinha a impressão de que “não havia vivido
nada”. E a isso dizia: a) que era incapaz de pensar e b) que tampouco sabia escrever,
“nem sequer nada”. Pouco antes, depois de informar que estava doente, havia
perguntado: “Quererás refletir (...) e chegar a uma conclusão a respeito se
queres ser minha mulher?”
Tudo está em Cartas a Felice, um título que reúne a correspondência entre Kafka e sua sempre namorada – a sempre insondável e enigmática relação entre um escritor sempre atormentado com a escrita e uma mulher um tanto compreensiva (ou apaixonada demais?) com tudo isso. “Eu perderia minha solidão, que em sua maior parte é horrível, e te ganharia, a quem amo mais que nenhum outro ser”, confessar-se-ia o próprio Kafka ainda mesma…
Tudo está em Cartas a Felice, um título que reúne a correspondência entre Kafka e sua sempre namorada – a sempre insondável e enigmática relação entre um escritor sempre atormentado com a escrita e uma mulher um tanto compreensiva (ou apaixonada demais?) com tudo isso. “Eu perderia minha solidão, que em sua maior parte é horrível, e te ganharia, a quem amo mais que nenhum outro ser”, confessar-se-ia o próprio Kafka ainda mesma…