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Mostrando postagens de junho 3, 2015

Eduardo Galeano como leitura de aeroporto

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Por Alfredo Monte «Para muitos jornalistas estrangeiros, a Bolívia é um país ingovernável, incompreensível, intratável, inviável. São os que se enganaram de in: deveriam confessar que a Bolívia, para eles, é um país invisível...» (26 de janeiro) «...os militantes que matam para castigar a divergência são tão criminosos quanto os militares que matam para perpetuar a injustiça...» (10 de maio) Os filhos dos dias foi um dos últimos livros de Eduardo Galeano (1940-2015), belo experimento da imaginação do prosador uruguaio ao explorar a forma adotada pelo calendário (e que nos aprisiona em sua teia), legada pelos romanos e aperfeiçoada pela cristandade: «A data foi inventada por Roma, a Roma imperial, e abençoada pela Roma vaticana...» 1 . Na verdade, ao abordar a “data universal” (no sentido de confraternização dos povos), primeiro de janeiro, ele a ironiza como invenção de uma civilização vencedora e que escreveu, até certo ponto, a História Oficial, prática aind