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Mostrando postagens de abril 6, 2016

Viver, beber e escrever

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Por Ulises Culebro O poeta John Berryman seguia uma estrita dieta constituída de um litro diário de uísque enquanto escrevia na década de 1960 seus poemas de The dream songs . Em seus anos em Cuba, Hemingway chegava a beber 16 daiquiris numa sentada, um recorde só superado pelos 18 uísques que parecem ter levado à tumba Dylan Thomas. Some-se (ou melhor, subtraia-se) os licores em questão nalgumas dessas ocasiões e as longas conversas que também as acompanham e só assim terão uma ideia aproximada das proezas desses titãs da bebida. Em Viagem ao redor da garrafa , Olivia Laing se dedicou a seguir o rastro de seis dos muitos escritores estadunidenses marcados pela bebida; dos oito prêmios Nobel de Literatura (homens) que teve os Estados Unidos, cinco eram alcoólatras. Ajudada pelos lugares onde viveram e beberam John Cheever, F. Scott Fitzgerald, Hemingway, Raymond Carver, Tennessee Williams e John Berryman, a autora traça um mapa topográfico do alcoolismo na literatura