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Mostrando postagens de maio 28, 2020

Noivado, de Shmuel Agnon

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Por Pedro Fernandes Shmuel Agnon. Foto:  David Rubinger. Há uma moral da história em Noivado , de Shmuel Agnon¹, indispensável à unidade da narrativa: uma promessa quando realizada com o devido fervor jamais deixará de se cumprir. Na infância, Jacob Rechnitz, contrai um enlace afetivo com uma menina sua vizinha, Susan Ehrlich. O episódio, apesar da inocência de duas crianças que se gostam, acompanha toda a vida dessas duas personagens, muito embora o tempo e as circunstâncias estabeleçam para Jacob o progressivo distanciamento dos dois e, com ele, um apagamento da promessa pueril: primeiro é sua saída da morada vizinha à propriedade dos Ehrlich, depois, sua ida para estudar fora do país e seu estabelecimento em Jafa como professor e pesquisador de botânica, e, por fim, o irrecusável convite para uma cátedra na universidade de Nova York. Ou melhor, aquilo que se estabelece ainda na nossa infância tem contínuas implicações para a vida adulta, o que significa dizer,