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Mostrando postagens de setembro 3, 2020

Segredos, de Domenico Starnone

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  Por Pedro Fernandes   Mas se tornar adulto ― disse para mim ― é de fato renunciar a sermos perfeitos. Em Segredos , de Domenico Starnone Em certa altura da vida será possível nos confrontar com uma pergunta de matriz existencial: o que é a maturidade? A ela poderíamos agregar outra variedade de interrogações, como, quando sabemos que a alcançamos, existirá um instante que se afirma acima de tudo o que vivemos e a partir disso podemos ver o começo da maturidade, ser adulto pode se descrever como um traço essencial do maturo, ou ainda, que elementos nascidos na tenra infância carregamos, explicitamente ou à surdina de nós mesmos, por toda a vida ao ponto de baldear nossa compreensão sobre o antes e um depois da maturidade? Embora esses questionamentos se constituam a partir de demandas subjetivas, podem ― e isso demonstra uma plena assunção de uma era dos subjetivismos ― inquirir importância também a nível coletivo, sobretudo, no interior das crises em processo do fim século XX e iníci