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Breve nota sobre o simbolismo russo

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  Por Joaquim Serra Kuzma Petrov-Vodkin. Fantasia . 1925. Se pensarmos de forma prática no cânone literário russo do século XIX, veremos que a prosa social grassou como método de representação. A segunda metade do século nos legou grandes obras: O idiota , Os demônios , Irmãos Karamázov , do realismo dostoiévskiano; Anna Kariênina , Ressurreição , Guerra e paz , do realismo épico de Tolstói. Pais e filhos e sua preocupação com as gerações e as rápidas transformações da Rússia. Oblómov e a vida da aristocracia inerte. Depois, Anton Tchekhov sintetizaria boa parte dos temas anteriores em seus contos rápidos, em suas peças profundamente entranhadas nas questões das famílias no fim de século, um “realismo do colapso”, como definiu o crítico Raymond Williams.  O que viria depois, no novo século e na era das guerras e revoluções, mudaria para sempre o método de representação. Não faria mais sentido buscar o narrador homérico como o fez Tolstói, tampouco a vida de alguém faz sentido quando