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A moreninha: jovem, traquina e sonhadora

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Por Renildo Rene Ismael Nery. Baía de Guanabara , s.d.   Quando Joaquim Manuel de Macedo se mudou de Itaboraí para o Rio de Janeiro com o desejo de se tornar um escritor brasileiro, ele hesitava em pensamento se poderia conquistar algum público com suas histórias. “Fui eu que (talvez ainda com vaidade de pai) cheguei a crer que o público a não enjeitava”, disse ele sobre a publicação de A moreninha no prólogo de O moço loiro (1845), “e, sobretudo, que minha querida filha tinha achado corações angélicos, que, dela se apiedando, com o talismã sagrado de sua simpatia a levantaram mesmo muito acima do que ela merecer podia”.   Em 1844, o lançamento do romance alçou o prestígio social de Macedo na capital do Império e estabeleceu o espaço da obra como um marco inaugural no país. Dois anos antes, Teixeira e Souza havia publicado O filho do pescador , porém foi com o alcance popular, sobretudo mulheres, que A moreninha reinou na representação de “primeiro romance romântico brasile...