Kafka e os castelos do cotidiano
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgrp8i64irziOcLa3w2AnNFBcUjhyphenhyphen_G7JhYJbXAtJ4fccl_8Ec2iT9t7_pN1VkcB-yq4Rbxz9IacM_M9tZ8EwFwZ51A5EOqpxZo7mY5fpdALEWFZs63Akin9yltToTVIkQsPJNdk7dx_XnlzVz5g6zd_XYcHxx4pIrp0h9hQAZAlOQTZ69nsWRqw7gDEw/s16000/tumblr_97f0c233a230ae256a7b709c432fe530_bb72355b_2048.jpg)
Por Guilherme França Keith Vaughan. Estudo para O castelo , de Franz Kafka , 1953. Escrevo este pequeno ensaio que mais tem jeito de crônica — e menos de crítica literária — durante uma viagem a Campo Grande/ MS, para visita aos familiares de minha noiva. Lembrando que o prazo para entregar o texto estava próximo, coloquei na mochila o livro O castelo , um clássico de Franz Kafka, que já estava lendo há algum tempo, mas agora com o objetivo de concluí-lo e, assim, poder escrever a seu respeito. Mesmo sem saber o que exatamente escreveria, a vida me mostrou, uma vez mais, que a boa literatura não se encerra na abstração, ao contrário do que muitos pensam. Ela faz muito mais do que isso, pois descreve a própria realidade na qual estamos inseridos, contudo, sem olhos atentos para percebê-la. Chegando no aeroporto de Curitiba para o embarque, ainda sem realizar o check-in de nosso voo, não conseguimos encontrar sequer um atendente no guichê da companhia aérea. Já era quase meia-noi