Aleksandr Soljenítsyn e Os invisíveis

Por Mary Carmen Ánchez Ambriz Aleksandr Soljenítsyn. Arquivo Centro Aleksandr Soljenítsyn. Um dos poucos livros que mudaram a história é Arquipélago Gulag (1973), de Aleksandr Soljenítsyn. Foi assim que Octavio Paz e outros intelectuais o assimilaram, expressando seu desencanto com o socialismo da União Soviética. Tchekhov já havia dito que grandes escritores deveriam falar de política “para defender o povo da política”. Se em O pavilhão dos cancerosos Soljenítsyn já havia deslumbrado seus leitores ao se referir ao câncer como a doença do espírito que é o Estado totalitário, em seus títulos subsequentes continuou com um retrato fiel da repressão que se vivia durante o regime soviético. Ele não se importava em arriscar a própria vida; continuou escrevendo clandestinamente, com o apoio de um grupo de amigos que acreditavam nele, a quem chamava de “Os invisíveis”. Quem eram esses invisíveis? Como apoiavam o escritor? Quantas vezes arriscaram ser encontrados pelo ICGB?...