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Mostrando postagens de abril 2, 2009

Desmundo, de Ana Miranda

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Por Pedro Fernandes Não é este o primeiro romance de Ana Miranda, mas bem poderia sê-lo. Na catedral de livros construída por ela, desde o seu primeiro bem sucedido Boca do Inferno , seguido de O retrato do rei , Sem pecado , A última quimera , Clarice , Amrik , Dias & Dias e Yuxin , seu mais recente, a escritora cearense se faz única em cada um deles. Se alguns escritores buscam/ buscaram a unidade ou estão/ estiveram em torno de um gesto escritural uniforme que os defina, para ela, não: cada romance se alimenta de uma linguagem própria e se constitui único, como quem se reinaugura continuamente. De modo que, afirmar que este Desmundo poderia ser seu primeiro trabalho não é exagero. Notará isso quem tiver lido ao menos duas obras suas. Agora, diferentemente de outros autores que se dizem sem um projeto literário próprio – e estou aqui pensando em José Saramago como exemplo – Ana Miranda sabe claramente do seu itinerário. Em certo momento recente com a escritora, e...