O lugar e o não-lugar do sujeito enunciador na narrativa de Triste fim de Policarpo Quaresma, de Lima Barreto
 
  Por Thiago Feli cio      cena da adaptação de Triste fim de Policarpo Quaresma  para o teatro por Antunes Filho, 2011.            Parece redundante e curioso o fato que Lima Barreto, depois de ter sido estudado e ter tido sua obra analisada sob diversos ângulos, ainda tenha coisas a se dizer sobre sua literatura. É que os clássicos gozam dessa prerrogativa, de sempre estarem abertos a possibilidades interpretativas que não se esgotam, ao contrário, se amplificam. A obra de Lima Barreto também proporciona esse encadeamento de interpretações que nos leva a enxergar na narrativa Triste fim de Policarpo Quaresma  como a literatura não se esgota.       Portanto, pretendo comentar aqui e analisar como se apresenta o lugar e o não-lugar do sujeito enunciador nesta narrativa que alcançou o título de clássico nacional. Para isso, uso como embasamento teórico as noções de lugar e não-lugar elaboradas pelo filósofo Marc Augé.       Inicialmente deve-se saber que o romance em questão faz par...