E os tais inéditos de Roberto Bolaño?
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEjWV024W_cLhq-zy2XmX5KnxAKwEYdyxB3qvNWJHpt8wHl2IqMGkapXu8H3HuMwIwcA2Bjbchu4voPc0rzqjz_-ytMp0dW_KDY-eB31Q8ylZJCikONVMlxP26mXm7rXVx1BFksNFVVtDQ/s640/5259_015ok.jpg)
Roberto Bolaño nem sempre foi escritor; primeiro trabalhou como lavador de pratos, lixeiro, cozinheiro e até vigilante noturno. Nem sempre morou no mesmo lugar: passou pelo México, El Salvador e vários países europeus antes de ir viver na Espanha. Era janeiro de 1981, quando chegou a morar na casa do bairro Las Pedreras, em Girona; antes, havia deixado seu quarto na rua Tallers, em Barcelona, cinco anos depois de seu itinerário por parte da América Latina. Estava ainda na casa dos vinte anos e a instalação ao norte da Catalunha foi numa habitação alugada pela irmã Salomé que logo regressou ao México deixando o escritor só com sua cadela Laika. Foi aí que começou a se dedicar melhor à literatura; foi aí que construiu uma contínua recepção para velhos amigos. “Toda vez que eu o visitava estava sozinho e fazia um frio que carcomia os ossos”, recorda Bruno Montané. “Roberto se agarrou com a biblioteca de livros de ciência de ficção que o cunhado Narcís havia lhe emprestado”