Todo (o) sentimento em todo (o) tempo: um pequeno itinerário para uma breve crítica poética
Por Marcelo Moraes Caetano Ferenc Pintér.   Todo o sentimento (Bastos e Buarque, 2012)  Preciso não dormir  Até se consumar  O tempo da gente.  Preciso conduzir  Um tempo de te amar,  Te amando devagar e urgentemente.  Pretendo descobrir  No último momento  Um tempo que refaz o que desfez,  Que recolhe todo sentimento  E bota no corpo uma outra vez.  Prometo te querer  Até o amor cair  Doente, doente...  Prefiro, então, partir  A tempo de poder  A gente se desvencilhar da gente.  Depois de te perder,  Te encontro, com certeza,  Talvez num tempo da delicadeza,  Onde não diremos nada;  Nada aconteceu.  Apenas seguirei  Como encantado ao lado teu.  Depois de te perder,  Te encontro, com certeza,  Talvez num tempo da delicadeza,  Onde não diremos nada;  Nada aconteceu.  Apenas seguirei  Como encantado ao lado teu. A poesia “Todo o sentimento”, escrita por Chico Buarque e Cristóvão Bastos, será encarada, nesta crítica, pela perspectiva imanente (cf. Todorov, 2009) do texto. Com isso, qu...