Antonio, de Beatriz Bracher
Por Pedro Fernandes Beatriz Bracher. Foto: Piudip.   Sabedores de que toda família guarda um esqueleto no armário, de quantas maneiras é possível compor uma saga familiar? O romance tem oferecido diferentes e interessantes respostas desde sempre. Na literatura brasileira podemos listar, de um rol nunca concluído, A falência  de Júlia Lopes de Almeida, Crônica da casa assassinada  de Lúcio Cardoso, A menina morta  de Cornélio Penna e Antonio  de Beatriz Bracher que com Leite derramado de Chico Buarque formam alguns dos melhores exemplos das publicações recentes — este último se publicou dois anos depois de 2007, data da primeira edição do livro da escritora paulista.   Podemos ler Antonio  como um romance produto da feliz combinação de alguns recursos narrativos e temáticas dos seus antecessores e com os de um romance certamente vislumbrado pela crítica desde o anúncio de sua chegada: Enquanto agonizo , de William Faulkner. Aqui, enquanto esperam a morte de Adie Bundren, a famí...
 
