Ronald de Carvalho
 Cândido Portinari. Retrato de Ronald de Carvalho (detalhe), 1929.  Exatamente num 15 de fevereiro de 1935, morreu, no Rio de Janeiro, o poeta Ronald de Carvalho. Talvez mais que um poeta, dada sua importância no trânsito diplomático entre Brasil e Portugal, onde passou a viver em 1914, tendo antes passado por Paris, onde estudou Filosofia e Sociologia e onde compôs seu trabalho de estreia, Luz gloriosa , com forte incidência da poesia de Paul Verlaine e Charles Baudelaire.    Luz gloriosa  foi ofertado, através de Luís de Montalvor, ao poeta Fernando Pessoa, que teceu uma breve apreciação ao livro e conselhos ao Ronald: Luz gloriosa  “é dos mais belos que recentemente tenho lido. Digo-lhe isto para que, não me conhecendo, me não julgue posto a severidade sem atenção às do seu livro. Há em sei o com que os poetas fazem. De vez em quando a mão do escultor faz falar as curvas irreais da sua matéria. E então é o seu poema sobre o Cais e a sua impressão do Outono, e este e aquele verso, ca...