Passe de letra
 
Por Paulo Mendes Campos             Mário Filho conta no  Romance do Futeboluma  partida histórica na qual o poeta Augusto Frederico Schmidt tomou parte, esforçadamente, mas em vão.      Em crônica antiga, Rubem Braga descreve a manhã de sol que levou às areias da praia escritores de Copacabana e Ipanema, uns contra os outros.      Também tomei parte no hilariante cotejo, no time de Copacabana.     Aníbal Machado revelou-se um jogador impetuoso (foi extrema do Clube Atlético Mineiro); Vinícius de Moraes, platônico de bola, sentiu logo o menino e foi fazer companhia às moças; o atual Embaixador Lauro Escorel foi um escolástico inútil; Di Cavalcanti, esfuziante goleiro, dizia sempre que as bolas haviam passado por cima do inexistente travessão; o próprio Braga era um zagueiro tontíssimo, porém valente.     O melhor jogador em campo, um médico de óculos, calvíssimo, entrou de enxerto, sendo amigo de Aníbal; foi nele que o Braga acertou uma de suas traulitadas, dizendo: “Para...