O fim, de Karl Ove Knausgård (2)
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Por Pedro Fernandes Karl Ove Knausgård. Foto: Nina Rangoy     Na primeira parte da leitura sobre O fim , de Karl Ove Knausgård ( leia aqui ) observamos sobre o descompasso entre o conteúdo dessa passagem do romance e as demais. Evidenciamos esse tratamento como produto de um contínuo adiamento da conclusão que seria facilmente evitável se o longo ensaio sobre Mein Kampf e outros desdobramentos  sobre a personagem seu autor e a história do Ocidente não existissem ou mesmo se fossem sintetizadas, ainda que seja fácil identificar alguma importância no cômputo geral da narrativa, o de, por exemplo, dissociar os valores entre essas obras a partir de reafirmação do eu  enquanto entidade submetida  na extensão do outro . Mas, existem outros detalhes que, preferimos, não sem deixar de acompanhar certo modo do próprio romancista, tratar num segundo texto.   Uma das constatações mais veementes nesta última parte de Minha luta  é a reafirmação da linguagem como matéria enformadora d...