O campus roman e o caminho de Piglia
 
Por Luis Guillermo Ibarra Ricardo Piglia. Foto: García Adrasti    A esta altura, é difícil não reconhecer a existência de um campus roman  como um subgênero literário. A presença de romances em que o tema e os cenários universitários se inserem no conteúdo da obra, fazem parte de uma tradição que já percorre várias gerações de narradores. A tentação de entrar na sala de aula, nos pensamentos sombrios dos pesquisadores, nas ambições e nas investidas acadêmicas, deram origem a obras magníficas. Como exemplo, poderíamos citar Pnin  de Vladimir Nabokov, a saga do mestre Wilt de Tom Sharpe, A Literary Murder  da escritora judia Batya Gur, Desonra  de J. M. Coetzee, A marca humana  de Philip Roth, Lucky Jim  de David Lodge, ou A velocidade da luz  de Javier Cercas, El tren de cristal José María Pérez Collados ou El temblor del héroe  de Álvaro Pombo.   Essa lista é extensa e, sobretudo, abre um panorama de maior complexidade naqueles romances de escritores que tiveram experiência co...