As várias faces de “Alice no país das maravilhas” (6)




Fechamos seis semanas em que, a cada terça-feira, publicamos um instante de relevância na história das ilustrações para Alice no país das maravilhas, de Lewis Carroll, obra alcança 150 anos neste 2012. A ideia de fazer esse tour veio a partir do blog Brain Pickins, que conduz um trabalho de comentário das principais publicações de ilustradores em diferentes partes do mundo cujo foco é a obra de Carroll.

Optamos, entretanto, por uma seleção: cumprir um percurso entre os mais famosos ilustradores e aqueles que, de alguma maneira, contribuíram de maneira inovadora com o tratamento visual de Alice. Assim, visitamos as obras de John Tenniel, Salvador Dalí, Leonard Weisgard, Ralph Steadman e Peter Newell. 

É verdade que há muitos outros trabalhos; belos e inusitados trabalhos, como os do brasileiro Luiz Zerbeni feito para a edição dos livros de Carroll caprichadamente desenvolvida pela Cosac Naify, ou os da japonesa Yayoi Kusama. Poderemos até o último instante deste ano e dos próximos voltar ao tema e acrescentar outros nomes que julgarmos interessantes de considerá-los. Mas, esta é já a penúltima postagem dessa temporada.

Apresentamos um conjunto de lâminas de vidro para exibição em lanternas mágicas; são 24 slides que datam de entre 1910 e 1925. A lanterna mágica consiste numa das primeiras geringonças que antecederam a invenção do cinema, ou da imagem em movimento. Foi largamente utilizada desde o século XVII. 

O objeto continha os principais elementos encontrados nos projetores de cinema: uma fonte de iluminação; um mecanismo para movimentar quadros através do invólucro à prova de luz, e lentes para condensar e projetar imagens em uma tela distante. Como uma forma primitiva de entretenimento de massa, as lanternas mágicas também anteciparam as experiências narrativas dos cineastas posteriores.

As ilustrações foram produzidas a partir dos desenhos originais de John Tenniel, como é possível notar, mas ganharam uma outra aparência no traço a fim de contornar os eventuais conflitos por direitos autorais. Veja aqui.

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