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Mostrando postagens de julho 17, 2025

Perigos de ler Marguerite Duras

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Por Aloma Rodríguez Desde cedo era tarde demais. Marguerite Duras (Vietnã, 1914 – Paris, 1996) escreveu, foi filiada ao Partido Comunista, teve desentendimentos com Jorge Semprún, deixou o partido, integrou a Resistência e escreveu um diário enquanto seu marido estava no campo de Dachau, publicado como A dor . Ela levou um manuscrito para a Gallimard, que foi rejeitado, mesmo assim, Raymond Queneau, um leitor da editora, lhe disse: “Apenas escreva, não faça mais nada”.¹   E foi o que Duras fez, mas não escreveu apenas romances, também escreveu roteiros para o cinema: fez filmes, alguns baseados em seus romances ou seguindo personagens que apareceram como secundários em outros. Como disse em Apostrophes : “Com Hiroshima meu amor , comecei a ser incorreta [com a linguagem]”. Esse foi o primeiro filme para o qual escreveu o roteiro, incentivada por Alain Resnais, que o dirigiu. Em 1984, publicou O amante , talvez o seu livro mais conhecido, que lhe rendeu o Prêmio Goncourt e no qual...