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Mostrando postagens com o rótulo Diva Cunha

Os melhores de 2017: poesia

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— Poesia completa , de Gilka Machado. A poeta foi sempre apresentada como uma das únicas mulheres representantes do Simbolismo no Brasil e pioneira da poesia erótica. Mas, há muito sua obra estava fora de circulação no país. Quer dizer, alguns de seus livros apresentados por aqui, como Carne e alma , Meu rosto , Sublimação e Mulher nua (desses apenas o último foi editado com este título pela poeta) batia recorde de preços entre os livreiros e sebistas. Uma antologia que trazia extensa parte de sua obra, Poesias  completas também há muito estava fora de catálogo. A edição organizada por Jamyle Rkain, com prefácio de Maria Lúcia Dal Farra, copia os seis livros de Gilka de Machado e preenche uma grande lacuna. Uma redescoberta que poderíamos chamar de trabalho editorial do ano no que se refere à poesia brasileira. —  Contratempo , de Pedro Mexia. Este é um dos vários poetas de grande importância para a língua portuguesa na contemporaneidade. O livro edi...

Diva Cunha: a viva carne da palavra

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Por Márcio de Lima Dantas A escritora Diva Cunha desponta na cena literária norte-rio-grandense ainda quando professora de literatura portuguesa da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, onde editou sua dissertação de mestrado, uma pesquisa sobre o mito sebastianista na literatura portuguesa, cujo título é Dom Sebastião: a metáfora de uma espera (1979). Publicou os seguintes livros de poesia: Canto de página (1986), A palavra estampada (1993), Coração de lata (1996),  Armadilha de vidro (2004) e Dádiva  (2017). Dizer da poesia de Diva é anunciar em voz alta uma dívida para com o feminino, é a palavra nominando um débito para com esse gênero, é o resgate corajoso de uma mulher em plena maturidade cronológica e detentora dos artifícios formais capazes de engendrar um efeito poético no qual estão soldados sensibilidade e reflexão acerca da condição feminina. Com efeito, na poesia de Diva, o signo poético é habilmente trabalhado para causar o resulta...

Lembrar a obra poética de Diva Cunha

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Por Pedro Fernandes Demorou, mas demorou o tempo necessário. Julho de 2011 era o mês adequado para que viesse online a terceira edição do caderno-revista 7faces . Sabemos, entretanto, que o mês foi ocupado com a programação de outro lançamento: o da edição especial sobre e poesia de José Saramago. Esta edição especial é que seria lançada em junho para que em julho a terceira pudesse enfim aparecer. Não deu. As ideias minhas vão aparecendo umas sucessivas às outras, como metástase. Foi quando soube do lançamento da primeira edição da Cruviana que me veio interesse de firmar parceria com seu organizador e fazermos uma sessão física e conjunta de lançamentos. Quem nos acompanha viu que deu mais que certo. Vieram a lume duas edições literárias de fôlego.  Impossibilitado de ocorrer lançamento em julho que seja estipulado, então, o mês seguinte para tal. Também não deu. Apesar dos trabalhos já irem um tanto quanto adiantados, agosto não nos daria o gosto de ver a terc...

Diva cunha

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Habito os dez mil e quinhentos universos sugeridos pela física quântica satisfeita de ser tantas em tantos Diva Cunha, Resina Diva Cunha é um das autoras mais interessantes da cena poética contemporânea, sobretudo a do Rio Grande do Norte, sempre tomada por nomes interessados em escrever poesia, mas poucos, realmente poetas. Além de se dedicar ao ofício do verso, ela, como professora, tem se dedicado à pesquisa e escrito também um conjunto de ensaios que sem dúvidas está no rol dos fundamentais quando o assunto é mulher e literatura, ou ainda a relação mito e literatura, temas pelos quais ela perscruta em sua obra do gênero. A escritora nasceu em Natal, em 1947. Foi aluna do Colégio Imaculada Conceição; formou-se em Letras pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte; cursou a Pós-Graduação na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, defendendo a dissertação de mestrado Dom Sebastião: a metáfora de uma espera , publicada em livro em 1979 - se...