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Mostrando postagens de setembro 15, 2025

O discurso vazio, de Mario Levrero

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Por Eduardo Galeno  Comecei essa resenha antes do fim do romance de Levrero. Digo que é uma leitura um pouco arrastada, apesar das poucas páginas que compõem o livro. O conteúdo em si não desperta tanto interesse. Muito menos sua forma é novidade para os leitores comprometidos com a contemporaneidade (temos um Osman Lins, que compôs perfeitamente uma história em formato de diário). O que é bastante notório no entorno de O discurso vazio é a maneira de como ele consegue interligar o fato ( ipso facto ) ao material que disponibilizaria o fundo da narração. Não é errado dizer que Levrero fala do Nada, que imbrica e brinca diante da consciência de ser autor. O Nada, vazio e disforme momento do espaço, talvez seja a explicação do porquê. A escrita perseverante e obsessiva do uruguaio me diz mais sobre as razões de não escrever literatura do que o contrário. Basicamente, o modelo limita a minha leitura. Ele não sabe como frisar um conceito, tudo é jogo de termos e de frases colocado sob...