Um inédito de Tomas Tranströmer

Por Pedro Fernandes Também no estado de bem-estar existe a mulher sozinha que bate em seu apartamento com o martelo de suas lágrimas. E aninhado em seu casaco um homem no café que tritura e tritura a mesma palavra no pilão de sua boca. E os meninos do reformatório que se tatuam mutuamente para marcar que pertencem a outra tribo. A presença da beleza pode ser perigosa. A ausência da beleza é mortal. Tomas Tranströmer ainda se faz praticamente inédito no Brasil; de sua extensa obra, e cumprindo uma rápida pesquisa da web acerca de trabalhos seus editados por aqui, não encontrei nenhum, apenas poemas esparsos publicados em blogs como este. Um destaque é a edição portuguesa 21 poetas suecos , organizada por Ana Hatherly e Vasco Graça Moura, publicada em 1981 pela editora Vega. Mas, quando ganhou o Prêmio Nobel de Literatura em 2011, só havia por aqui, segundo relata o site Releituras , apenas um único poema publicado no Brasil; chamado “Poem...