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Sem Destino, de Dennis Hopper e Peter Fonda

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Bem ao gosto de grande parte da juventude americana dos anos 1960, Sem Destino  conta a história de dois motoqueiros, Billy (Dennis Hopper) e Wyatt (Peter Fonda), que cruzam o país em busca de liberdade. Ao som de Jimi Hendrix e Steppenwolf ("Born to be wild"), entre outros, e regada a aditivos químicos e sexo livre, a viagem dos dois se tornou símbolo do espírito hippie e de contracultura que marcaram a época. A exibição do filme no Festival de Cannes de 1969 rendeu uma Palma de Ouro de Melhor Direitor Estreante para Dennis Hopper. Quanto ao sucesso de público, o orçamento relativamente baixo do longa (cerca de US$340 mil) obteve uma arrecadação mais de uma centena de vezes superior a seus custos. Além de Hopper e Fonda, Sem Destino  tem também atuação destacada de Jack Nicholson, no papel de George Hanson, um advogado alcoólatra que reluta em experimentar maconha, além de uma seqüência que se tornou memorável, com os personagens em delírio pela ação do LSD. A boa rece...

Dois novos momentos para a agenda

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Por ocasião do Ciclo de Minicursos do Grupo de Estudos do Discurso da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (GEDUERN) Pedro Fernandes esteve, entre os dias 13 e 14 de maio de 2010 ministrando o minicurso Arquitetura do romance: tópicos para um estudo . "As discussões me foram muito rentáveis. Tanto que estudo a possibilidade de ampliar a ideia e fazer um curso nesse sentido, só que com mais tempo de estudo", diz o pesquisador. Mas, enquanto a oportunidade não chega o Letras in.verso e re.verso , editado por Pedro,   notifica aos visitantes e transeuntes desse espaço de mais dois outros momentos acadêmicos propostos por ele. O primeiro trata-se da uma inserção num evento em que ela trabalha na sua construção: o VII Colóquio Nacional de Professores de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e de Literatura, que este ano será sediado, entre os dias 11 e 13 de agosto, na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, Campus Avançado Profa. Maria Elisa d...

Eventos literários em Natal e em Mossoró

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Medéia . Paul Cézanne. 1882 (detalhe) Ciclo de leituras dramáticas do NJA Depois de divulgar por aqui o  Devorando Hamlet  com Clotilde Tavares, divulgo mais uma ação do Núcleo de Jovens Artistas (NJA) que terá lugar, entre os dias 28 e 29 de maio, no Instituto Câmara Cascudo (em frente à Caixa Econômica da Ribeira), na Cidade Alta. Trata-se do seu primeiro  Ciclo de Leituras Dramáticas . Os eventos tem início às 17h30. Um texto contemporâneo e outro clássico serão interpretados por membros do Núcleo. No dia 28, é a vez da peça  Suíte 1 , do francês Philippe Minyana e, no dia 29,  Medéia , de Eurípides. Cada apresentação custa R$ 3 e a casadinha R$ 5. O “Ciclo de Leituras Dramáticas” do NJA deve acontecer a cada três meses. O intuito é promover a difusão de cultura a preços populares e formação de público, além da qualificação artística dos envolvidos, sejam eles atores ou produtores. Para cada evento, o Núcleo convida um facilitador para prop...

Fantasia (vários diretores)

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O projeto de Walt Disney era ambicioso: unir animação e música erudita e ainda tentar recuperar a popularidade de seu personagem mais importante, Mickey Mouse, que havia perdido prestígio na década de 1930. A idéia inicial era um curta estrelado pelo rato, O Aprendiz de Feiticeiro . Acabou sendo expandida e se transformou em Fantasia , longa   composto de oito segmentos independentes em que as animações são acompanhadas de obras-primas de Beethoven ( Sexta Sinfonia , também   conhecida como Pastoral ), Schubert ( Ave Maria ) e Stravinsky ( A Sagração   da Primavera ), entre outros. A regência ficou a cargo do maestro inglês Leopold Stokowsky. As oito histórias são variadas. Vão desde a reinvenção das quatro estações do ano até a Teoria da Evolução, passando por mitos gregos, balé, demônios em noite de Halloween, uma procissão religiosa e as desventuras do aprendiz vivido por Mickey. Tanta ambição não foi suficiente para transformar o longa em sucesso, tendo sido...

Há perigo em toda lista

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Por Pedro Fernandes É verdade que as escolhas, qualquer uma, não deve, em tempo algum, agradar a Deus e ao Diabo. Quando se elaboram listagens sempre corre-se o risco, entretanto, de cometer pecados ainda mais graves e não agradar, simultaneamente, nem a um nem a outro. Já comentei certa vez por aqui da moda que é hoje as listas. Invenção norte-americana, ao que me parece, e ganhou status de qualificações. Num universo saturado de tanta coisa as listagens (algumas e poucas!) agradam e são (por que não?) úteis. Recentemente a Universidade de Coimbra aderiu ao modelito e pôs à escolha aquilo que seriam os dez romances mais representativos da língua portuguesa. E como nas muitas das listagens que rola por aí deu vexame. Primeiro, me chama atenção o número curtíssimo de dez romances - quando sabemos que a lista é bem (mais bem mesmo!) maior do que isso. Não deu em outra. Pecou-se. E pecou-se feio. Com uma sugestiva alcunha de  10 Paixões em Forma d...

Lápis nas veias, de Clauder Arcanjo

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Por Pedro Fernandes Os atropelos do tempo não me permitiram ainda que eu chegasse ao fim das mais de 197 páginas desse livro de Clauder Arcanjo, o segundo da safra de escritor; o primeiro foi Licânia . Entretanto, é um título que já me inquieta a escrever sobre e diria que desde quando o tive em mãos.  Publicado pela Sarau das Letras, mesma editora que pôs a lume  Incerto caminhar , de David Leite, Lápis nas veias atende a essa minha falta de tempo. É um livro breve com textos breves. Isto é, pequeno nas dimensões e na extensão dos textos, na extensão do volume (assemelhado a um livro daqueles de bolso). Mas como roga a epígrafe recortada de um ditado popular: "Tamanho não é documento". E ele próprio se faz grandioso, sobretudo porque une uma beleza estética fabulosa: o imagético à palavra. Para cada texto uma fotografia do premiado Pacífico de Medeiros. Verbo e imagem costuram-se constroem uma sinfonia perfeita entre a palavra e a fotografia. É, portanto, um li...