Postagens

Zila Mamede para as telas

Imagem
Por Pedro Fernandes Em cena a atriz Rosamaria Murtinho como uma mulher tomada pela poesia de Zila Mamede.  Foto: Aurora Leão.  A novidade vem numa matéria assinada pelo repórter Yuno Silva para o caderno  Viver , do jornal  Tribuna do norte . Trata-se do curta  Pegadas de Zila , rodado entre Natal e Rio de Janeiro pelo diretor potiguar Valério Fonseca. O filme de 11min tem sua estreia nacional no Teatro José de Alencar, em Fortaleza, durante do Festival Cine Ceará. O filme tece colcha poética de retalhos tendo como protagonista a atriz Rosamaria Murtinho, na pele de uma mulher que revive e passeia pelas memórias da poeta potiguar que muito sonhava em conhecer o mar. O projeto do curta surgiu em junho de 2010, quando, segundo Valério,  voltava de um festival de cinema em Jericoacoara. Na época o diretor fora participar com o curta  Maria Ninguém  e passava por Natal para rever a cidade. Foi quando ele começo...

Adaptações para o Facebook

Imagem
O português João Tordo. Vencedor do Prêmio José Saramago em 2009, tem, agora, sua obra, O bom inverno adaptada para o Facebook. Tudo ideia dos publicitários Erick Rosa e Thiago Carvalho A novidade foi anunciada pelos publicitários brasileiros Erick Rosa e Thiago Carvalho; eles trabalham na agência Leo Burnett de Portugal e tiveram a ideia de adaptar um livro para o Facebook, em pequenos capítulos atualizados diariamente. O bom inverno , do português João Tordo, vencedor do Prêmio José Saramago em 2009, será o primeiro que irá paras as redes sociais. A obra foi lançada em setembro de 2010, com 8000 cópias, sem publicação no Brasil. O romance discorre sobre um assassinato na Itália, ocorrido na casa do cineasta Don Metzger. Rosa, diretor de criação, diz que "é como ver a adaptação de um livro para o cinema", mas a diferença é que a dupla trouxe isso para uma rede social. "Nesse caso, transpusemos para o Facebook. A ideia está sendo testada enq...

Miacontear - Mana Celulina, a esferográvida

Imagem
Por Pedro Fernandes O espaço em que transcorre os acontecimentos de “Mana Celulina, a esferográfida” lembrou-me muito as terras sem-lei do nosso sertão nordestino, não apenas pela geografia do espaço recuperado no início da narrativa - um curral - mas, principalmente pelo comportamento da personagem de Salomão Pronto e do desenvolvimento das ações.  Salomão Pronto recupera ipsis literis a figura do coronel sertanejo, pelo poder de decisão que carrega - “Até o governador o convocava em caso de sérias gravidades” - e pelas atitudes no desenvolvimento da narrativa. Herança da nossa literatura de 30 na ficção de Mia Couto? Certamente. O fato é que a sua filha, Celulina, aparece grávida. O caso é de fazer o suposto pai, o vizinho Ervaristo Quase, confessar o delito. Novamente devo prestar (e chamar) atenção para o nome dessas personagens. Salomão, pelo já comentado poder decisório que carrega, logo remete à figura bíblica homônima e além do que, vem acompanhado pelo s...

Água para elefantes, de Francis Lawrence

Imagem
Por Pedro Fernandes Água para elefantes  é uma escola para o ator Robert Pattinson que ensaia sair do patamar de vampiro-adolescente-charmoso da saga  Crepúsculo  para papéis mais sérios. Baseado no texto de Sara Gruen, Água para elefantes é a melhor surpresa de 2011, embora seja ainda um filme mediano, devido a um roteiro fraco que se perde entre um drama barato e um romance fortemente hollywoodiano. O filme é também uma escola para o ator Robert Pattinson que ensaia sair do patamar de vampiro-adolescente-charmoso da saga Crepúsculo  para papéis mais sérios - isso desde o péssimo  Lembranças . Digo escola porque o garotão bem que se esforça (e já passou por outras escolas além desta), mas, ainda está longe de ser uma revelação. Água para elefantes dá contas (ou pelo menos tenta) de um universo, há muito em crise: o circo.  Jacob tem uma vida que vai, aos trancos e barrancos, apontando para uma bem sucedida carreira na medicina veter...

Cadernos de Literatura do Instituto Moreira Salles online

Imagem
Cadernos de Literatura Brasileira dedicados a Clarice Lispector. A edição faz parte das quatro primeiras que recebem edição on-line. Algumas das edições da prestigiada publicação do Instituto Moreira Salles começaram a se tornar raridades: estão esgotadas nas livrarias e a peso de ouro entre os livreiros e sebistas. Os Cadernos de Literatura Brasileira  foram criados em 1996;o primeiro número apareceu em março daquele ano com uma homenagem dedicada ao poeta  João Cabral de Melo Neto. A proposta inicial seria a de disponibilizar semestralmente  uma nova edição integralmente voltada para um autor brasileiro. Isso terá acontecido até começar a rarear as edições, que parecem seguir agora mais um curso das efemérides. Na apresentação do primeiro número, o IMS dizia que "a publicação será marcada pelo esforço em oferecer ao leitor o que for possível em termos de material exclusivo - textos inéditos (...) fotos, entrevistas e depoimentos." Interessada em ser uma edição capa...

Não dá para ficar em silêncio

Imagem
Por Pedro Fernandes Nas redes sociais, Facebook, Orkut e Twitter, muitos tem sido os que compartilharam um vídeo da professora Amanda Gurgel. O desabafo da professora chega numa hora em que o país acorda - ou pelo menos ensaia acordar - para o tema já tão caô nas rodas de professores, alunos e todos os que compõem a rede básica de ensino. No Rio Grande do Norte, a categoria, pela milésima vez, cruza os braços reivindicando dois direitos básicos: o cumprimento do piso salarial já aprovado em lei federal e a reestruturação da rede pública de ensino levada ao caos em mais de 16 anos de descaso do poder público estadual. Sabido é que os governos recentes foram decisivos para o atual estágio em que se encontra a educação potiguar. Não bastasse isso o estado tem um déficit de mais de 4 mil professores e não sinaliza a realização de concurso público para contratação imediata de profissionais. Não dá para ficar em silêncio nesse momento. Como professor e como conhecedor do que...