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Feliz Natal

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Porque tivesse mais tempo ou porque estivesse mais propício a agradar meus leitores e transeuntes, ano passado comecei ainda no dia 20 de dezembro a destribuir nos correios eletrônicos de meus contatos um cartão elaborado para essa época do ano. Este ano as coisas não sucederam no mesmo rumo e limitei-me a postar o tradicional cartão de Natal por aqui*. Os votos de Bom Natal não irá diferir, isso eu aposto. * Para visualizar melhor basta clicar sobre a imagem; caso queira guardar como lembraça, depois de clicar sobre a imagem bastar salvar normalmente direto no seu computador.

Descobrir Pinóquio

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Amantes do livro-arte, a Cosac Naify publicou neste mês de dezembro uma obra digna de presente de fim de ano: As aventuras de Pinóquio . A proposta da editora em redescobrir a famosa história do boneco de madeira, vem numa caprichada edição com tiragem limitada a 3 500 exemplares impresso em papel importado GardaPat Kiara, capa dura e impressão em  hot stamping . Nessas horas correr é necessário.  A tradução do famoso texto ficou a cabo de Ivo Barroso, que manteve o mesmo ritmo de folhetim associado a uma linguagem refinada e límpida do original de quando o livro foi inicialmente publicado – sob o formato de folheto para jornal. Na luxuosa edição o leitor ainda se depara com um texto inédito no Brasil do escritor Italo Calvino em que comenta sobre o clássico.  Pinóquio é uma rica metáfora acerca do rito de passagem da infância para a adolescência. Como texto metafórico que o é, Ivo Barroso preserva o tom irônico e o jogo linguístico construído p...

Almada Negreiros

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Auto-retrato num grupo . Óleo sobre tela, 1925. Centro de Arte Moderna da Fundação Calouste Gulbenkian, Lisboa, Portugal. O painel foi realizado por Almada Negreiros para o café A Brasileira e com ele o autor participou do Salão de Outono de 1925. “A vocação de Almada foi a de dizer-se , de afirmar-se , de passar a vida a ser-se Almada. ” " —  Eduardo Lourenço “A Raça Portuguesa não precisa de reabilitar-se, como pretendem os tradicionalistas desprevenidos; precisa é de nascer pro século que vive a Terra.” —  Almada Negreiros Este é um poeta que a crítica o tem como a figura mais polêmica do Modernismo português e assim o foi nas mais diferentes manifestações artísticas – na prosa, no teatro, na poesia e nas artes plásticas. Mas, na definição de Carlos Queirós “em tudo, e sobretudo, poeta. Ele próprio, humanamente, poeta”. Sua inquietude ou rebeldia não são gratuitas. Almada, além do olhar aguçado do poeta forma-se poeta de um tempo também de inquietudes e de rebeld...

Ensino, pesquisa e formação de professores de Língua Portuguesa e de Literatura

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Por Pedro Fernandes Em agosto de 2010, o Campus Avançado Professora Maria Elisa de Albuquerque Maia, da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte, em Pau dos  Ferros, sediava a sétima edição do Colóquio Nacional de Professores de Metodologia do Ensino de Língua Portuguesa e de Literatura. Na pauta muitas discussões acerca do atual estágio do ensino dessas duas disciplinas no âmbito da graduação e da educação básica.  No calor das discussões que deram forma aos três dia do evento pensei em, depois daí, sistematizar essas discussões num suporte capaz de ser acessível por uma grande público - seja aquele que estando numa determinada roda de trabalhos não poderia está em outra, seja aquele que não teve contato com esses debates. É daí, pois, que nasce a ideia de organização de um livro eletrônico. O suporte ainda inovador atenderia essa demanda. Aprovada a ideia por parte das Edições UERN, editora que se dispôs a publicar o material - que no catálogo dessa institu...

O novo livro de Marize Castro

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Marize Castro. Foto: jornal  Tribuna do norte A poeta Marize Castro regressa à poesia em livro. Habitar teu nome  publicado pela Una Editora é a surpresa (boa surpresa) deste fim de 2011. O novo livro chega dois anos depois de Lábios-espelho . Esta é a sexta obra da poeta que começou a publicar em 1984 com  Marrons crepons marfins .   Neste percurso, a poesia de Marize Castro se tornou uma das mais importantes da cena literária brasileira contemporânea. Nelson Patriota em nota reproduzida na orelha do novo livro chama atenção para uma poesia “que se alimenta de sua própria substância interior de onde extrai um inesgotável repertório de variações.”   E outra vez encontramos, uma poética que, infiltrada na reentrância do corpo, do corpo feito palavra, canta seus afluxos e derivas. Neste livro, todo anseio é por encontrar na reentrância da própria palavra, como se esta fosse a concha que habita a fotografia da capa, uma maneira outra de ser, jamais pre...

Um texto de Clarice Lispector

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"O que ela amava acima de tudo era fazer bonecos de barro, o que ninguém lhe ensinara." (Clarice Lispector) Sempre se ressalta, entre leitores e não-leitores, que a obra de Clarice Lispector é de estranha dificuldade. Toda vez que se repete o argumento deveria se dizer para toda obra difícil há um preguiçoso leitor. Obviamente que existem obras que nos cobram mais, mas alcançada a chave de acesso ao texto, o que nela encontramos é a mais pura expressão do maravilhamento, ou para repetir um termo caro à literatura da escritora brasileira, pura epifania .  Quer dizer, só uma maneira de romper com o vício do difícil e esta é da leitura contínua. Este é o único trabalho que um escritor entrega ao leitor: ler. E o leitor deve sempre se por de guarda; um texto é um pequeno mundo que nos cobra a tarefa de atribuir sentido, assim como fazemos ante todas as circunstâncias diárias, incluindo aquelas com sentido oblíquo.  A própria Clarice Lispector se questionava sobre as acusações d...