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BBB: fornicar é preciso, mas cuidado com teu cajado

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Por Pedro Fernandes O caso não é novo. Mas, ainda está no assunto do populacho, na boca dos usuários de semi-cérebro que, já impossíveis de pensar, crer que tudo o que lhe serve, desde um enlatado de qualidade não registrada até qualquer outro subelemento nacional é programa de primeira classe. Perdoem-me, os semi-cérebros, se ainda conseguem se indignar por tratá-los assim. Aliás, perdoem-me não. Se vocês não são condicionados a pensar, eu ainda, não também com pouca massa encefálica, meto-me onde não sou chamado – e a propósito nem quero que me chame mesmo – e digo o que não devo dizer. Minha função é, com a palavra, ser um balde de água fria. Há dois dias estive lendo o que anda se passando na nova redoma de silvícolas que está sendo exibida pela 12ª vez. Quem diria. Só mesmo num país de semi-cérebros para a frivolidade ocupar alguns meses de uma grande emissora de TV por longos 12 anos. Já repararam o que isso significa. Significa que teve neguinho sendo gerado enquan...

Autores consagrados

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Por Pedro Fernandes Num texto para o blog Papeles Perdidos, Maria Inés Amado, a partir de uma leitura para o Babelia da escritora argentina Leila Guerriero, reflete acerca do termo e busca para si algumas definições, mesmo sabendo que é essa categoria tem sentido escorregadio e, logo, é contraditória. O que seria, então, um escritor consagrado? Pergunta-se. “Alguém com grande prestígio e um grupo infinito de leitores? Alguém que, mais que leitores, têm devotos? Alguém que capturou as angústias de toda uma geração e soube traduzi-las numa obra? Alguém que é produto de uma estratégia de marketing editorial? Tudo isso, mais que isso ou nada disso?” Eis aí pano para a discussão. Sim, porque haverá os que enquadram em todas as categorias e aqueles que nunca sequer pensaram nelas para se tornarem consagrados. Enrique Vila-Matas, em texto para o referido Babelia e indicado por Maria Inés, intitulado “Fracasa otra vez”, relembra de quando foi convidado para participar de um con...

Jorge Amado para videogame

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Levar literatura a todos cantos é sim uma alternativa para conquistar leitores. Pensando nisso é que falo de algo que descobri na web por esses dias, além do aplicativo para iPhone que permite o usuário ter contato com poemas de poetas clássicos e contemporâneos: é uma prévia de uma série de jogos para videogame inspirados no livro Capitães da areia . Esse romance de Jorge Amado já teve sua adaptação para o cinema e agora essa nova ideia é, certamente, algo, no mínimo, inusitado. A proposta é do selo Porreta Games que já disponibilizou os jogos no seu site e dos sete jogos, um está disponibilizado no Facebook , onde o jogador se depara com uma Salvador da década de 1930, cenário da trama romanesca e tem de enfrentar missões para sobreviver nas ruas e pode, ao modo de outros muitos jogos disponíveis na rede social, convidar amigos a fazer parte de sua gangue.  Os sete jogos - Boêmia, Dora, Carrossel, Caça-palavras, Capoeira, Social Capitães da Areia e um de realidad...

O porquê o discurso religioso não me convence ou sobre determinados retrogradismos

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Por Pedro Fernandes Não quero começar falando que as igrejas cristãs são retrógradas. E aqui devo me centrar na Católica, até porque foi nela que me batizei três vezes (faltando apenas matrimoniar e ungir para fechar o ciclo dos sagrados sacramentos) e porque são a partir de algumas considerações dela as também algumas considerações que aqui farei. Mas o seu retrogradismo é óbvio e ululante para falar apenas sobre isso, o que não deixarei de fazer tendo em vista o que aqui já considero. Também nem deveria me prender a essas querelas porque simplesmente as ignoro. Mas, o fato de as ignorar não é gratuito. Ele se deixa levar por algumas opiniões particulares e essas opiniões, sim, devem ser apresentadas. O princípio dessa fala toma por base a lastimável observação feita por Joseph Ratzinger de ser o casamento gay uma ameaça ao futuro da humanidade. A afirmativa não foi feita com essas palavras, mas o discurso de Ratzinger dizia acerca das “ameaças” ao futuro da humanidade (a c...

Poemas portatéis

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Chama-se " 599 Poemas " o nome de um aplicativo disponibilizado na web para iPhone e iPod Touch. Por aí é possível ler o trabalho de 15 poetas portugueses clássicos e contemporâneos. O criador da mini-grande ideia é o jornalista João Pedro Pereira do jor­nal português PÚBLICO , autor também da edi­tora de ebooks (gratuitos) Sinapses No aplicativo  podemos ler poe­mas de Alberto Caeiro, Almeida Gar­rett, Álvaro de Cam­pos, Antero de Quen­tal, António Nobre, Bocage, Camilo Pes­sanha, Camilo Castelo Branco, Camões, Cesário Verde, Fer­nando Pessoa, Florbela Espanca, Mário de Sá Carneiro, Ricardo Reis e Sá de Miranda. Nos “Novos”, inédi­tos de A. Pedro Ribeiro, Jorge Pimenta, José-Alberto Mar­ques, Laura Alberto. Luís Felí­cio, Maria João Can­tinho, Maria Quin­tans, Maria Sousa, Minês Cas­tan­heira, Nuno Brito, Rui Almeida e Sílvio Mendes. * Via: Blog Ciberescritas.

Este ano também é de Nelson Rodrigues

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Nelson Rodrigues. Foto: Cedoc/Funarte Se em 2012 já colocou na lista de autores brasileiros a serem celebrados Jorge Amado e Carlos Drummond de Andrade - ambos com uma célebre programação a rodopiar por todo o país - não pode deixar de acrescentar o nome de um dos maiores dramaturgos que por aqui viveu. Ora, efeméride importantíssima! Nelson Rodrigues chega ao seu primeiro centenário. O dramaturgo nasceu no dia 23 de agosto de 1912, no Recife, em Pernambuco. A princípio, destaque para o silencioso trabalho de Renato Borghi e Élcio Nogueira Seixas que conduzem o projeto de tradução para o espanhol e para o inglês da obra teatral do escritor pernambucano.  Ainda no que diz respeito a sua obra, a editora Nova Fronteira pretende renovar o contrato para a publicação de novas edições de peças como Vestido de noiva , A mulher sem pecado , Álbum de família , Toda nudez será castigada , Senhora dos afogados , entre outras.  Uma boa seria a publicação de algumas coi...