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Livro Poesia Clandestina será lançado no próximo dia 14 de março

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Há iniciativas que carecem de apoio à divulgação não pelo ideia presa do termo "carência", mas pela qualidade do trabalho. É assim com essa ideia que levo adiante no post de hoje do Letras in.verso e re.verso. O poeta, contista, cronista, romancista, jornalista, editor e outras tantas qualidades profissionais, Mário Gerson, que conheço já de longa data e já até postei uma nota aqui no blog sobre um projeto que ele conduz com outros poetas mossoroenses chamado Movimento Novos Poetas , prepara um largo passo dessa empreitada que tem feito balbúrdia - e boa balbúrdia - no universo literário do Rio Grande do Norte, em parceria, é claro, com outros projetos conduzidos por ele, como o jornal cultural CLANDESTINO , que foi reconduzido ao lugar devido e hoje caminha com fôlego novo e respira da escrita de profissionais e amadores da palavra. O que, volto a dizer, é qualidade divulgável, sabendo eu, dos entraves midiáticos e financeiros para projetos desse quilate em terras de p...

Gabriel García Márquez

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Nascido em 1928, em Aracataca, cidadezinha ao norte da Colômbia, foi criado ao lado do seu avô materno Nicolás Ricardo Márquez Mejía, então coronel da guerra civil colombiana de início do século passado. Estudou em colégio jesuíta, depois da morte dos avós, quando foi morar com os pais em Barranquilha. Iniciou, já em Bogotá, mas abandonou devido a necessidade de trabalho o curso de Direito. Pela época tornou-se correspondente jornalístico; viveu em Roma, Paris, Nova Iorque, Barcelona e México, sempre devido a profissão que exerceu com o amor que nutriu, desde sempre, pelas letras. Escreveu uma quantidade significativa de obras literárias, algumas, pérolas da literatura universal, mas se consagrou com  Cem anos de solidão , que é, talvez, sua obra mais conhecida e acusada por alguns críticos como a que mais se aproxima de um modelo de estado comunista. A cidade misteriosa de Macondo, onde se desenvolve as ações nessa obra, estaria, não colocando eleições diretas...

Sexo e literatura

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Cena de O amante de Lady Chatterly , livro de D. H. Lawrence adaptado para o cinema O post de hoje é para por muito marmanjo a melar a cueca e muita dondoca a revirar-se na cadeira. Não, não será uma aula de sexo e literatura ou de sexo na literatura ou ainda de literatura sobre o sexo. A observação é a de que - toda obra literária, desde a mais insignificante à mais sofisticada, já ousou por lá pelo meio do texto uma pitada de calor. Excessão aos mais insignificantes que fazem isso já logo nas duas primeiras linhas introdutórias do texto e vai recompondo as cenas capítulo sim capítulo não.  Minha primeira vez na literatura não lembro bem. Mas, como o primeiro livro que li de ponta a ponta, porque afinal em casa de livro só havia ele, foi a Bíblia, creio que foi lá a minha primeira vez. Cântico dos cânticos . Tinha umas coisas que li enrubescido, ou pulei, ou inventei uma passagem outra para ler o que está ali - isso porque quando comecei a ler, lia em voz alta, para,...

O Delfim, de José Cardoso Pires

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Por Pedro Fernandes A primeira vez que li O Delfim saí do romance um tanto quanto perdido. Mas, saí assim com outros romances. A maçã no escuro , da Clarice Lispector, o primeiro deles, Grande sertão: veredas , do Guimarães Rosa, O evangelho segundo Jesus Cristo , de José Saramago, Janela de Sónia , do Manuel Rui, o mais recente. Sair assim de um livro, portanto, parece ser algo natural, se percebermos que a semelhança que há entre todos esses romances citados está naquilo que podemos chamar por "magnitude". O magma verbal desses romances - estágios de interlíngua no código em que se situam - é o suficiente para se produzir aqui o entendimento, mais acurado, do porquê saí/sai-se um tanto quanto perdido d' O Delfim . São obras que se apresentam como um desafio ao leitor porque são antes um desafio à forma, estrutura e à linguagem.   Outra razão que justifica meu perder-se talvez esteja na velocidade com que empreendi sua primeira leitura. Estamos mesmo acostum...

Jorge Lucio de Campos

O poeta Jorge Lucio de Campos teve poemas seus incluídos na 3ª edição do caderno-revista 7faces , publicada em finais de 2011. Agora, está lançando pela Bookess e pela Clube de Autores, em versão impressa e em e-book, três coletâneas Os nomes nômades , Paisagem de noites e A realidade da pedra . Trata-se de uma versão revisada de suas cinco primeiras coletâneas, já esgotadas, Arcangelo (EdUERJ, 1991), Speculum (EdUERJ, 1993) , Belveder (Diadorim/UNESA, 1994) , A dor da linguagem (Sette Letras, 1996) e À maneira negra (Sette Letras, 1997) , agora reunidas nestas três.  Jorge Lucio de Campos é do Rio de Janeiro. Graduado em Filosofia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) onde cursou ainda o Mestrado em Filosofia, o Doutorado e um Pós-Doutorado em Comunicação e Cultura. Atualmente exerce a profissão de Professor em Análise da Informação, Introdução à Arte Contemporânea, Pensamento e Visualidade e Questões de Estética e de Teoria do Design na Escola Superior de...

O novo trabalho de Mariano Tavares

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Capa de "Sem parar". Fotografia Renato de Melo Medeiros Tendo iniciado sua carreira em 1994, fez o mesmo percurso que a maioria dos iniciantes fazem: tocou e cantou em bares e espaços culturais de Assu e Mossoró - onde é professor de Literaturas Norte-americana e Inglesa na Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN) – fazendo releituras personalíssimas da obra de artistas como Bob Dylan, Gilberto Gil, Lou Reed, Caetano Veloso, Alceu Valença, Morrissey, Adriana Calcanhoto, Leonard Cohen, Jards Macalé, entre outros. Ao mesmo tempo em que se aprimorava como intérprete, ele também foi compondo suas próprias canções, marcadas por uma musicalidade e uma poesia altamente sofisticadas, de uma beleza e requinte que ultrapassam as fronteiras da música pop. Fronteiras que também não existem em suas influências, que vão desde medalhões do cancioneiro popular brasileiro da primeira metade do século passado – como Lupicínio Rodrigues, Ary Barroso, Nelson Gon...