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Boletim Letras 360º #5

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Mal findamos uma, principiamos outra: está valendo desde que recebemos por aqui dois exemplares do livro de Fred Spada autografados pelo poeta mais um sorteio na página de leitores do Letras in.verso e re.verso no Facebook. O sorteio é daqui a sete dias e, portanto, dá tempo ainda de correr (sem desespero) para  ver o regulamento e participar . Enquanto não se vai mais uma promoção, queremos relembrar por aqui o que de bom se passou na dita página e que os leitores por razão diversa não puderam nos acompanhar. Então, vamos lá? Maquete para a Biblioteca Nacional do Qatar Segunda-feira, 18/03 >>> Qatar: A biblioteca Coisa de cinema. Vê a imagem que abre esta postagem? É uma maquete para a Biblioteca Nacional do Qatar. A construção vai adiantada e a equipe de engenharia divulga que sua inauguração será em 2014. O prédio foi desenhado pelo renomado arquiteto Rem Koolhaas. O espaço quer ser um novo conceito de biblioteca; projetado para ser uma ponte entre ...

Os Lusíadas, de Camões

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Detalhe do frontispício de Os lusíadas , edição de 1572. Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal. Como todo clássico é uma experiência única, encontrar-se pelo caminho das leituras com este texto de Camões não será diferente. Afinal, Os lusíadas é a obra que mais repercute nas literaturas de língua portuguesa. Basta pensar aqui alguns títulos de alguns dos mais conceituados escritores para ter uma clara noção e logo atribuir razão a esse entendimento. Do lado de lá do Atlântico, a epopeia de Camões é eco forte na obra de Fernando Pessoa, que repetiu a proeza de canto ao povo português no seu Mensagem ; José Saramago terá feito o mesmo com A jangada de pedra ou com a intertextualização de episódios e citações diretas do clássico camoniano em boa parte de seus romances.  Do lado cá, ecoa Camões por Carlos Drummond de Andrade se formos reparar o episódico poema “A máquina do mundo”, do livro Claro enigma . E se formos sair à cata, daremos, com certeza, com novos e...

Amor, Michael Haneke

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Por Pedro Fernandes Precisamos esperar a premiação do Oscar para que Amor chegasse às telas do cinema brasileiro. Menos mal; há muito deles que por aqui nem passam. E se este filme não tivesse vindo às grandes telas seria uma grande perda para os olhos dos que estão enfadados da pirotecnia hollywoodiana. É um filme brilhante. E mesmo não tendo assistido a atuação de Jessica Chastain em A hora mais escura e nem a de Quvenzhané Wallis em Indomável sonhadora é possível afirmar com clareza uma coisa: a Academia cometeu a maior gafe. Mais que aquela de ter feito cara feia para a produção de Ben Affleck e depois ter tapado o desconcerto com o prêmio de Melhor Filme. Foi ter dado o prêmio de Atriz para Jennifer Lawrence de  O lado bom da vida – ainda que a produção preencha o quesito de bem feitinha porque tem um enredo bem construído (redondinho, como é comum dizer). Mas, o prêmio era para atriz e, desculpem, Lawrence ainda deve andar muito para conseguir esse status. É p...

Sorteio de dois exemplares de "Arqueologias do Olhar", de Fred Spada

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Frederico Spada (Belo Horizonte - MG, 1982) tem já sua experiência com o verso. Premiado em várias colocações em diversos concursos de poesia, sua estreia se dá com Arqueologias do Olhar , livro publicado em 2011 pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage. Reúne 60 poemas escritos entre 1999 e 2011. O Letras sorteia entre os amigos da fan page dois exemplares autografados pelo poeta. O sorteio é livre e concorrem apenas amigos que têm residência no Brasil; ocorrerá no fim do dia 29 de março e o vencedor será contatado por mensagem pela equipe da fan page. 1. Curtir a fan page do Letras ; 2. Compartilhar na sua time line duas vezes a imagem dapromoção (só é válido compartilhamentos direto da fan page do Letras); 3. Inscrever-se na aba “ Promoções> Quero Participar ” – situada abaixo da imagem de capa da fan page. 

A atualidade renovada de Graciliano Ramos

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Por Pedro Fernandes Em carta enviada por Graciliano Ramos em novembro de 1937 a seus tradutores argentinos Benjamín de Garay e Raúl Navarro, o escritor se pronuncia sujeito desprovido de biografia. E acresce: “Nunca fui literato, até pouco tempo vivia na roça e negociava. Por infelicidade, virei prefeito no interior de Alagoas e escrevi uns relatórios que me desgraçaram. Veja o senhor como coisas aparentemente inofensivas inutilizam um cidadão. Depois que redigi esses infames relatórios, os jornais e o governo resolveram não me deixar em paz. Houve uma série de desastres: mudanças, intrigas, cargos públicos, hospital, coisas piores e três romances fabricados em situações horríveis – Caetés , publicado em 1933, S. Bernardo , em 1934, e Angústia , em 1936. Evidentemente, isso não dá uma biografia. Que hei de fazer? Eu devia enfeitar-me com algumas mentiras, mas talvez seja melhor deixá-las para romances.” ( Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos . Salv...

Philip Roth, 80 anos

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Philip Roth em 1987. Foto de David Montgomery. Desde que o anúncio de sua aposentadoria feito em outubro, mas só ganhado destaque a partir de em novembro de 2012 (comentamos aqui ), e já contradita neste ano, quando disse não saber existir sem escrever, Philip Roth, que chega hoje aos 80 anos, ganha destaque na literatura universal e volta a ser cogitado entre os apostadores como um escritor que merece levar o Prêmio Nobel este ano. Volto, duas linhas, por achar que talvez nem seja tanta contradição assim: assumir que parou de escrever pode ser um reconhecimento de que a fonte esgotou, não há mais nada a dizer, e o que resta, este não saber existir sem escrever, não passa de vício de quem levou uma vida nesse universo complexo, o da palavra. Recentemente a revista New York Magazine perguntou a trinta nomes envolvidos com a literatura (personalidades como Salman Rushdie) se o escritor poderia ser considerado o maior romancista estadunidense vivo, ao que 77% respondeu que sim. ...