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Júlio Verne

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Júlio Verne por Félix Nadar (detalhe) Poderão acusar Júlio Verne por muita coisa, menos por ser um escritor desprovido de imaginação. Talvez seja este aspecto – o da imaginação – o convite inconsciente para entrada numa obra das mais lidas no mundo. Ainda por esse caráter imaginativo a literatura de Verne, quase sempre associada ao plano infanto-juvenil, foi e é porta de entrada ao universo da leitura de muita gente. Se do lado francês, autores como Proust que registra em Em busca do tempo perdido um dos romances do autor de Viagem ao centro da terra , do lado brasileiro Machado de Assis, entre outros, terão dado seus palpites favoráveis sobre a literatura verniana e sua influência na formação leitora. Precursor da ficção científica, Verne ainda ‘previu’ a partir dos avanços científicos de seu tempo muitas das invenções humanas, como o helicóptero, as armas de destruição em massa, as naves espaciais, o submarino, os grandes transatlânticos... E os grandes acontecimentos hist...

Boletim Letras 360º #5

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Mal findamos uma, principiamos outra: está valendo desde que recebemos por aqui dois exemplares do livro de Fred Spada autografados pelo poeta mais um sorteio na página de leitores do Letras in.verso e re.verso no Facebook. O sorteio é daqui a sete dias e, portanto, dá tempo ainda de correr (sem desespero) para  ver o regulamento e participar . Enquanto não se vai mais uma promoção, queremos relembrar por aqui o que de bom se passou na dita página e que os leitores por razão diversa não puderam nos acompanhar. Então, vamos lá? Maquete para a Biblioteca Nacional do Qatar Segunda-feira, 18/03 >>> Qatar: A biblioteca Coisa de cinema. Vê a imagem que abre esta postagem? É uma maquete para a Biblioteca Nacional do Qatar. A construção vai adiantada e a equipe de engenharia divulga que sua inauguração será em 2014. O prédio foi desenhado pelo renomado arquiteto Rem Koolhaas. O espaço quer ser um novo conceito de biblioteca; projetado para ser uma ponte entre ...

Os Lusíadas, de Camões

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Detalhe do frontispício de Os lusíadas , edição de 1572. Fonte: Biblioteca Nacional de Portugal. Como todo clássico é uma experiência única, encontrar-se pelo caminho das leituras com este texto de Camões não será diferente. Afinal, Os lusíadas é a obra que mais repercute nas literaturas de língua portuguesa. Basta pensar aqui alguns títulos de alguns dos mais conceituados escritores para ter uma clara noção e logo atribuir razão a esse entendimento. Do lado de lá do Atlântico, a epopeia de Camões é eco forte na obra de Fernando Pessoa, que repetiu a proeza de canto ao povo português no seu Mensagem ; José Saramago terá feito o mesmo com A jangada de pedra ou com a intertextualização de episódios e citações diretas do clássico camoniano em boa parte de seus romances.  Do lado cá, ecoa Camões por Carlos Drummond de Andrade se formos reparar o episódico poema “A máquina do mundo”, do livro Claro enigma . E se formos sair à cata, daremos, com certeza, com novos e...

Amor, Michael Haneke

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Por Pedro Fernandes Precisamos esperar a premiação do Oscar para que Amor chegasse às telas do cinema brasileiro. Menos mal; há muito deles que por aqui nem passam. E se este filme não tivesse vindo às grandes telas seria uma grande perda para os olhos dos que estão enfadados da pirotecnia hollywoodiana. É um filme brilhante. E mesmo não tendo assistido a atuação de Jessica Chastain em A hora mais escura e nem a de Quvenzhané Wallis em Indomável sonhadora é possível afirmar com clareza uma coisa: a Academia cometeu a maior gafe. Mais que aquela de ter feito cara feia para a produção de Ben Affleck e depois ter tapado o desconcerto com o prêmio de Melhor Filme. Foi ter dado o prêmio de Atriz para Jennifer Lawrence de  O lado bom da vida – ainda que a produção preencha o quesito de bem feitinha porque tem um enredo bem construído (redondinho, como é comum dizer). Mas, o prêmio era para atriz e, desculpem, Lawrence ainda deve andar muito para conseguir esse status. É p...

Sorteio de dois exemplares de "Arqueologias do Olhar", de Fred Spada

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Frederico Spada (Belo Horizonte - MG, 1982) tem já sua experiência com o verso. Premiado em várias colocações em diversos concursos de poesia, sua estreia se dá com Arqueologias do Olhar , livro publicado em 2011 pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage. Reúne 60 poemas escritos entre 1999 e 2011. O Letras sorteia entre os amigos da fan page dois exemplares autografados pelo poeta. O sorteio é livre e concorrem apenas amigos que têm residência no Brasil; ocorrerá no fim do dia 29 de março e o vencedor será contatado por mensagem pela equipe da fan page. 1. Curtir a fan page do Letras ; 2. Compartilhar na sua time line duas vezes a imagem dapromoção (só é válido compartilhamentos direto da fan page do Letras); 3. Inscrever-se na aba “ Promoções> Quero Participar ” – situada abaixo da imagem de capa da fan page. 

A atualidade renovada de Graciliano Ramos

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Por Pedro Fernandes Em carta enviada por Graciliano Ramos em novembro de 1937 a seus tradutores argentinos Benjamín de Garay e Raúl Navarro, o escritor se pronuncia sujeito desprovido de biografia. E acresce: “Nunca fui literato, até pouco tempo vivia na roça e negociava. Por infelicidade, virei prefeito no interior de Alagoas e escrevi uns relatórios que me desgraçaram. Veja o senhor como coisas aparentemente inofensivas inutilizam um cidadão. Depois que redigi esses infames relatórios, os jornais e o governo resolveram não me deixar em paz. Houve uma série de desastres: mudanças, intrigas, cargos públicos, hospital, coisas piores e três romances fabricados em situações horríveis – Caetés , publicado em 1933, S. Bernardo , em 1934, e Angústia , em 1936. Evidentemente, isso não dá uma biografia. Que hei de fazer? Eu devia enfeitar-me com algumas mentiras, mas talvez seja melhor deixá-las para romances.” ( Cartas inéditas de Graciliano Ramos a seus tradutores argentinos . Salv...