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Um novo final para um conto de Jorge Luis Borges

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Detalhe do manuscrito encontrado pelos pesquisadores da Biblioteca Nacional da Argentina. Foto: El Clarín O famoso conto do escritor argentino Jorge Luis Borges, “Tema do traidor e do herói”, do livro Ficções , publicado em 1944, teria outro desfecho: um parágrafo que havia adicionado e que foi descoberto recentemente. Um dos pesquisadores encontraram um manuscrito inédito do autor na hemeroteca da Biblioteca Nacional da Argetina e que nele o fim para o texto está de outra maneira da conhecida, segundo notificam os jornais La Nación  e Clarín . O texto foi encontrado entre as páginas de uma edição da revista Sur e não foi uma descoberta casual; há uma equipe de pesquisadores da biblioteca fazendo um minucioso rastreamento aos arquivos de Borges. Foi na edição 112 da revista, em fevereiro de 1944, que o conto apareceu publicado pela primeira vez.  Ezequiel Grimson, diretor de Cultura da BN, destaca que “este é o primeiro manuscrito que está sob custódia do estado a...

Os desenhos de William Faulkner

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Autorretrato de William Faulkner. ©Sotheby's New York. Antes de William Faulkner encontrar-se como romancista e trabalhar na construção de seus romances de cunho épico e tragicômico e se por na elaboração de fluxos de consciência como elemento para a construção das narrativas, ele se esforçou para angariar o título de poeta com uma antologia publicada em 1924 sob o título de The Marble Faun. Essa estreia não deu futuro: já sabemos. Foi uma tiragem curta financiada com ajuda do amigo e então vizinho Phil Stone, que pagou a Edmund R. Brown cerca de US$400 para a impressão de 500 exemplares (número que é contraditório, já que o irmão de Faulkner afirmou certa vez que era 1000 o número de exemplares).  Desconhecido, o livro não teve saída e a maioria dos exemplares foi remetida pelo editor para um grupo de leitores e outra parte se perdeu quando de um incêndio no sótão da casa de Stone, onde os livros ficavam abrigados (pelas contas do irmão de Faulkner, foi cerca de 950...

Nada além de assédio na nova biografia de Salinger

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Fotografia do documentário Salinger . The Washington Post A dizer a verdade, não há nada que guarde relação com a vida e a obra de Salinger que não tenha sido repetido ao cansaço. O apanhador no campo de centeio , romance que o fez instantaneamente famoso quando foi publicado em 1951, é um milagre em prosa que captou a voz da angústia universal da juventude como jamais havia sido feito antes por uma obra literária. O efeito, só levemente atenuado, se prolonga num par de textos curtos e noutro punhado de contos inigualáveis. A voz vulnerável, imensamente cativadora e de uma autenticidade irrepetível do protagonista, Holden Caulfield, se fixou em volta do coração de milhões de leitores de todas as idades. Quantos milhões exatamente? Só nos Estados Unidos, 60, ao que se somam mais de 250 mil a cada ano. Se nos guiarmos pelo critério das cifras, as dimensões do mito estão mais que justificadas. A outra volta do enigma está, provavelmente, nos silêncios do escritor, na base d...

Seamus Heaney

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Por Pedro Fernandes Seamus Heaney não é uma figura de um todo desconhecida; há, evidente, razão para isso: depois de ganhar o Prêmio Nobel de Literatura em 1995, a obra do poeta já de um todo reconhecida pela crítica especializada, recebeu maior atenção ainda. E terá produzido, uma monumental obra, diga-se, configurando-se num dos maiores poetas do século XX. Nascido na Irlanda do Norte, criado no Condado de Derry e passado boa parte da vida em Dublin, Heaney deixou mais de vinte títulos de poesia e crítica literária, gênero que também praticou à larga, além das diversas antologias amplamente utilizadas ao redor do mundo e da tradução de vários títulos. À atividade crítica Heaney dedicou-se desde cedo e aperfeiçoou-se quando de sua estadia como professor em Harvard (entre 1985 e 2006) e na mesma profissão, mas como professor de poesia, de quando trabalhou entre os anos de 1989 e 1994 na Universidade de Oxford. Mas sua obra não foi quista apenas entre os da crítica especializ...

Por Alexandre Alves, Zila Mamede em inglês

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Edição bilíngue de Rosa de Pedra . Publicada em 2013, o livro vinha sendo traduzido por Alexandre Alves desde 2010. Em 2008, ano em que Zila Mamede completaria oitenta anos de idade, este blog que já perseguira os caminhos de sua poética, compilou numa série denominada Itinerários da poesia de Zila Mamede, um texto do poeta Paulo de Tarso Correia de Melo, que reaparece numa reedição de Navegos (acrescido do inédito A herança ), de 2003; depois estivemos publicando poemas e um texto redigido pelo editor e moderador do Letras in.verso e re.verso  então editado pelo caderno Domingo , do jornal mossoroense De Fato . Mais tarde quando do nascimento do caderno-revista 7faces , Pedro Fernandes não hesitou em inscrever o nome da poeta como um dos primeiros a ser homenageado  pelo periódico. A retomada desse nosso histórico de publicações (abaixo estão os links para acesso à íntegra dos textos aqui citados) tem um interesse: dizer que um acontecimento dessa natureza...

Promoção "Eu leio Leminski II"

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O Letras in.verso e re.verso sorteia entre os amigos de sua  fan page no Facebook  um exemplar da edição  Vida (Cruz e Souza, Bashô, Jesus, Trótski),  de Paulo Leminski, Companhia das Letras. A promoção é válida apenas para os amigos que estão em solo brasileiro e cumprirem com as etapas descritas a seguir: 1. Curtir a fan page do Letras no Facebook; 2. Compartilhar o banner da promoção , localizado no topo da time line (o compartilhamento deve ser no modo "público"); 3. Na fan page ir na aba “ Promoções ” (localizada abaixo da foto de capa da fan page) e clicar em “Quero participar” a fim de validar o processo. O sorteio será realizado via  sorteie.me  no dia 20 de setembro, às 19h. O sorteado deverá entrar em contato por mensagem na página do Facebook para que providenciemos a entrega do prêmio.