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Boletim Letras 360º #308

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Neste dia 11 de janeiro realizamos o primeiro sorteio de 2019. E anunciamos que o próximo, agora aberto a todos que acompanham o blog, terá como brinde a nova edição de Grande sertão: veredas , de Guimarães Rosa. Fica conosco! O ano está apenas no começo. Guimarães Rosa e a travessia para os sertões. Nova edição de  Grande sertão: veredas  sai em fevereiro. Mais detalhes ao longo deste Boletim. Segunda-feira, 07/01 >>> Brasil: Inéditos de Mário de Andrade A descoberta é de Marina Damasceno de Sá. Em seu doutorado, ela mergulhou nos manuscritos de Mário de Andrade reunidos no Instituto de Estudos Brasileiros e encontrou o fichário no qual o escritor detalha o plano para um livro que queria ser um estudo crítico sobre a poesia no Brasil até os parnasianos – sugestão apontada por Manuel Bandeira numa das cartas de 1925 ao autor de Macunaíma . No pequeno papel cartão, já amarelado pelo tempo, a caligrafia miúda do escritor revela os textos...

Roma, de Alfonso Cuarón

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Por Pedro Fernandes Pode-se dizer que Roma é um ponto fora da linha nas produções de Alfonso Cuarón, se consideramos seus trabalhos até agora, embora se saiba que uma certa não-unidade tem se constituído uma marca interessante na carreira do diretor e que há traços estilísticos e temáticos aqui que o relaciona com outros de seus filmes. Ainda mais porque esta narrativa está eivada da presença de outras peças cinematográficas, incluindo títulos como E sua mãe também e Filhos da Esperança , do diretor mexicano. Mas, não se poderá acusar este ponto fora da reta como uma obra marginal. Pelo contrário. O filme que se apresenta como um retrato autobiográfico de certo período da vida de Cuarón deve figurar sempre, se não como o primeiro, entre os seus melhores trabalhos. As razões para esta conclusão são diversas. Para esta ocasião, basta citar: a desenvoltura da narrativa; a belíssima fotografia; e maneira como a narrativa abriga questões que transitam entre o plano individ...

Boletim Letras 360º #307

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Até sexta-feira, 11, apresentaremos em nossa página no Facebook a primeira promoção de 2019: será uma atividade exclusiva para os leitores que participaram da enquete de fim de ano que perguntava qual o seu livro mais marcante de 2018. Leia o resultado aqui . Enquanto isso, vale rever as notícias que copiamos nesta semana e organizadas neste Boletim; continuamos na marola do recesso.  Monteiro Lobato. 2019 é o ano quando a obra do escritor entra em domínio público e várias editoras anunciam edições de sua obra. Segunda-feira, 31/12 >>> Brasil: Livro vencedor do Man Booker Prize 2018 deve sair até o segundo semestre de 2019 Milkman  (ainda sem título em português, mas algo como O leiteiro ) é livro de Anna Burns, da Irlanda do Norte. Esta é a primeira mulher deste país a ser distinguida no prestigioso prêmio para as literatura de língua inglesa e a primeira a receber o galardão desde Eleanor Catton, em 2012, com Os Luminares . Anna nasceu em ...

O que não há para se contar

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Por Guilherme Mazzafera Ilustração: Tunji Adeniyi-Jones, The Princess Red Serpent . 1.  Onde morre um autor nasce um leitor. Essa máxima recém-elucubrada tem gosto de acicate. O autor abdica da criação para a passividade da leitura, como teria feito Philip Roth após Nêmesis ? (Com certeza há algo nas gavetas, pronto para a rapinagem editorial). Ou falamos aqui de algo mais sutil, do desvelamento de algo constitutivo que permaneceu à sombra da formalização crítica por demasiado tempo? As invectivas ao leitor (ou ouvinte) não são necessariamente novas e o protagonismo intraficcional deste data ao menos de 1605, quando Miguel de Cervantes Saavedra escolheu um desloucado leitor como herói do que a crítica, ela mesma, convencionou mais tarde chamar de romance. Mas Miguel foi além: na segunda parte do livro, em 1615, os personagens que circundam aquele leitor são, também eles, leitores: leitores da primeira parte e mesmo daquela infausta continuação apócrifa de Avella...

Boletim Letras 360º #306

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Esta é a última edição do BO Letras 360º do ano. Esperamos que o tempo nos seja generoso e possamos fazer um 2019 ainda melhor para os nossos leitores; é sempre nosso desejo. Até o dia 26 deixamos aberta em nossa página no Facebook uma enquete que perguntava qual foi sua melhor leitura do ano. O resultado está disponível aqui . Mas, nós guardamos uma surpresa para os participantes. Anunciaremos pela segunda semana de janeiro uma promoção exclusiva, aberta apenas para a participação dos que interagiram conosco. Em breve. No Facebook do Letras também iniciaremos no próximo dia 1º nossa retrospectiva de 2018: destacaremos as posts mais acessadas ao longo do ano. Fiquem de olho. Nosso recesso está rico! Amós Oz. Morreu um dos escritores mais prolíficos da literatura israelense contemporânea. Segunda-feira, 24/12 >>> Dois títulos de Annie Ernaux ganham edição no Brasil, no primeiro semestre de 2019 Os anos  é considerado por muitos como a obra ...

Os melhores de 2018

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Por Pedro Fernandes Quando por esses dias, alguém me perguntou como foi o ano de 2018, não pude deixar de titubear com a resposta. É que, diferente de outros anos, sobretudo dos dois anteriores, os projetos pessoais tomaram melhor forma e algum rumo. E, por causa disso, sou tentado a responder que o ano foi muito bom. Mas, como não pertenço ao rol de uns poucos privilegiados que não se comovem com os destinos do seu rebanho, sou levado a modificar a resposta para, não sem algum individualismo, dizer que, pessoalmente foi muito bom, mas coletivamente este ano foi pura desgraça. Vimos triunfar a hipocrisia, a imbecilidade, a ignorância de uma maneira que nenhum dos da minha geração imaginaria ver em plena alvorada de um novo século. E, o pior, já agora que tudo está à beira de um precipício cuja a altura não sabemos alguns continuam a insistir na brincadeira do pagar para ver, quando deveriam ter desistido da loucura. Para bem e para o mal, essas duas possibilidades...