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Em liberdade, de Silviano Santiago

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Por Sérgio Linard Silviano Santiago. Foto: Louis Monier Movimento muito comum no meio literário, quando se tem a intenção de elogiar um livro tido como clássico ou como importante, é o de dizer que este mesmo livro “permanece atual”. Para o bem ou para o mal, esta alcunha de constante atualidade de uma obra já é há muito explorada por editoras, posto que os manuais escolares e de etiqueta das redes sociais fazem com que um livro seja mais vendido se trouxer uma discussão que ainda se faça corrente. Por vezes, os releases das editoras chegam a dizer que um determinado livro de literatura contemporânea já nasce como um clássico justamente por trazer um tema que, vejam só, é atual .   Informação parecida com essa é a que se encontra na quarta capa da edição mais recente de Em liberdade , de Silviano Santiago. Transcrevo: “Publicado pela primeira vez em 1981, este trabalho ímpar de ficção mostra toda a potência de Silviano Santiago e continua absurdamente atual em sua crítica a um Est...

Boletim Letras 360º #526

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DO EDITOR   1. Olá, leitores, tudo bem desse lado? Desde 2012, nossa página no Facebook divulga conteúdo próprio sobre o universo dos livros, como reedições, pré-vendas, e esses e outros assuntos são selecionados e organizados nesta publicação semanal.   2. No meio do caminho, este Boletim ganhou novas seções, sempre interessado em contribuir para a aproximação do leitor a conhecidos e desconhecidos autores, a circulação dos livros e o fomento da leitura.   3. Lembramos sobre as possibilidades de apoio ao Letras . Nosso projeto é feito e distribuído gratuitamente, mas precisamos pagar despesas mínimas para a manutenção do blog online, como domínio e hospedagem. Sua ajuda é importante. Para descobrir todas as formas de colaborar, basta ir aqui .   4. Entre essas formas de apoio, está a aquisição de qualquer um dos livros apresentados aqui pelos links ofertados neste Boletim ou mesmo qualquer produto adquirido online usando este link .     5. Tenham um ex...

“Esse romance tinha tudo”: uma história oral de Reparação, de Ian McEwan

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Por Alice Vincent Ian McEwan tinha 50 anos quando começou a “rabiscar” em seu caderno o que viria a se tornar Reparação , uma idade que ele reconhece como “perto do pico, para um romancista”. Embora dificilmente se pudesse dizer que ele era um desconhecido — seu romance anterior, Amsterdam , venceu o Booker Prize —, pode-se argumentar que o oitavo romance de McEwan é o seu mais famoso (e, ele admitiu algumas vezes, o seu favorito). Ele vendeu 1,5 milhão de cópias apenas no Reino Unido e foi publicado em 42 línguas. Ele possui uma prateleira e tanto de condecorações — o Whitbread, o Critics Circle e o Boeke Prize entre elas. Quando adaptado para o cinema em 2007, obteve seis indicações ao Oscar, e galvanizou as carreiras de Keira Knightley e James McAvoy. Interpretar a inesquecível protagonista de McEwan, Briony Tallis, confirmou o talento de Saoirse Ronan, então com 12 anos, como prodigioso.   E, ainda assim, a despeito de todas essas honras cintilantes, o legado de Reparação é ma...