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A vela de cera, o inédito de Hans Christian Andersen

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O manuscrito descoberto depois de dois meses de estudo é mesmo de Hans Christian Andersen. O texto agora é o primeiro escrito do autor. Deve ter sido produzido quando ele tinha ainda 18 anos. No passado dia 16 de dezembro de 12 divulgamos página do Letras no Facebook a notícia da possível descoberta de um inédito de Hans Christian Andersen. Então, ontem, 23/12, em matéria no caderno Ilustrada do jornal Folha de São Paulo , a confirmação: é sim um inédito do autor. A descoberta foi feita pelo historiador dinamarquês Esben Brage, um dos mais importantes especialistas na obra de Andersen, quando fazia uma pesquisa no arquivo público de Funen, em Odense, Dinamarca, terra natal do escritor. Depois de 15kg de papéis dos arquivos da família Plum, no fundo de uma caixa, um documento amarelado; dois meses de estudos depois, os especialistas deram a confirmação. O texto passa a ser agora o primeiro conto do autor de tantas histórias famosas que fizeram a infância de muita g...

Dos melhores de 2012

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As listas são símbolos do fim de ano. Há quem passe muito bem sem elas, e é caso nosso; mas, há os que não, seja porque a memória anda curta para enfileirar fatos, seja porque as próprias listas são inúmeras – a das benfeitoras, a dos erros, a das metas cumpridas, a das que ficaram por cumprir, a dos melhores momentos no trabalho, nos estudos, na diversão, os livros melhores do ano, os filmes de igual designação, os piores livros e filmes, e assim como a das boas músicas, a também das piores e, bem, haja lista.  Como se toda essa contabilidade fosse insuficiente vêm ainda as listas para lembrancinhas, para os presentes, os pessoais e os dos mais achegados, dos amigos secretos, um em casa, um no trabalho, outro não sei onde. É por esta razão última que aqui estamos, em pleno sábado, já atrasados como sempre, afinal, também nessa época do ano é costume tanto quanto o das listas deixar as coisas para próximo do fim.  Não é para marcar o que foi de melhor em 2012...

Alexandre O’Neill

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Há muitos poetas portugueses que precisam ser descobertos no Brasil. Como há muitos poetas brasileiros, certamente, que também precisam ser descobertos em Portugal. Não é o fato de interdependência literária; é o fato de intercâmbio literário. Porque, e disso muitos sabem, já apartamo-nos de determinados moldes europeus, inclusive o molde português, há algum tempo e temos um rico sistema literário, principalmente quando nos referimos à poesia. Mas, somos leitores de uma mesma língua e é inútil ampliar certo  apartheid  que parece vigorar entre os dois lados do Atlântico desde há algum tempo.    No passado 19 de dezembro, na página do Letras no Facebook, lembramos do aniversário de Alexandre O’Neill, nascido em 1924. Foi quando, pesquisando sobre sua biobibliografia, encontramo-nos com um poeta com vida integralmente dedicada ao fazer literário, ultrapassando, por todos os ângulos dos limites o gênero no qual mais destacou e no qual se iniciou, ainda em ...

James Franco, ator escritor

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Por Pedro Fernandes Recentemente no Brasil tivemos algumas experiências de atores que foram do dia para outro (modo de dizer) aparecendo como autores. Não é fato novo, é verdade, cá já tivemos casos à parte, como Mario Lago, quem, além de ator em telenovelas e filmes, compositor de vários temas musicais que ganharam o gosto popular deixou vários títulos de natureza memorialística.   Mas, quando digo dos recentes, estou pensando em figuras como Vera Fischer, que despertou para o romance. Depois dela, vieram os versos de Juliano Cazarré. Tivemos acesso à caprichada edição de Pelas janelas  publicada pela casa gaúcha Dublinense e parece que tem alguma coisa ali que vale uma leitura. Agora, de fora, chegam outros versos: os do hollywoodiano James Franco. De lá, saiu coisas recentes de Marilyn Monroe, coletânea que só tem destaque para o bom acabamento editorial (sim, dela pode se salvar o símbolo sexual leitora - quem não terá visto variadas vezes a pose da atriz lendo...

Pelos 96 anos de Manoel de Barros

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Hoje, 19/12, Manoel de Barros completa exatos 96 anos. Já desde o começo da manhã estivemos publicando fragmentos de O livro das ignorãças  na nossa fan page no Facebook. Justa homenagem, é verdade. Mas, ao revirar alguns livros na estante, no instante de procura por este livro, encontramo-nos com um pequeno livro, quase um opúsculo, do escritor Ondjaki, há prendisajens com o xão (o segredo húmido da lesma e outras descoisas ), livro que, olhado de relance, tem uma proximidade medonha com o tom poético do poeta brasileiro. Evidente que dedo de Ondjaki está já aí nesse reinventar de palavras. Pois então, recortamos desta edição o poema de abertura, dedicado a Manoel de Barros e uma nota do autor sobre o encontro seu (de certo modo foi um encontro) com o próprio autor d' O livro das ignorãças . Chão palavras para manoel de barros apetece-me des-ser-me; reatribuir-me a átomo. cuspir castanhos grãos mas gargantadentro; isto seja: engolir-me para mim poucochinho a cada ve...

As várias faces de “Alice no país das maravilhas” (7)

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Foi revirando nosso caderno de notas de ideias para publicações no Letras que encontramos “Alice por Arthur Rackham”; quem não nos acompanha diariamente ou mesmo quem a isso se dispõe lembramos que fizemos durante seis semanas seguidas uma espécie de homenagem ao já clássico de Lewis Carroll, Alice no país das maravilhas , que neste ano de 2012 fecha exatos 150 anos da primeira edição.  Nesse percurso, visitamos os traços e as formas de John Tenniel, Salvador Dalí, Peter Newell, entre outros. Quase dávamos por fechada a série, quando encontramos com esta anotação extraviada de continuidade da série. Como não há problemas nisso de continuidade, do contrário, saímos é ganhando com descobertas assim, vamos aos desenhos feitos por Arthur Rackham (1867-1939), não sem antes saber mais quem é esta personagem e sobre o processo de recriação do universo de Lewis Carroll através da imagem. Arthur Rackam foi um  ilustrador   inglês que deixou muitos trabalho...