As várias faces de “Alice no país das maravilhas” (3)
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Leonard Weisgard. Foto: Arquivo do artista. |
Evidentemente que houve um retorno do texto às livrarias e foi quando o livro se tornou logo um Best-Seller; terá vendido mais de 100 mil
cópias enquanto o seu autor esteve vivo.
Em 1949, as aventuras de Alice são apresentadas numa nova
versão das muitas que circularam logo depois da edição de 1865. A edição em
questão também foi uma das que primeiramente viriam com ilustrações coloridas; trabalho
de Leonard Weisgard (196-2000).
Weisgard foi um desses apaixonados por livros infantis e terá
ilustrado, além de Alice, mais de 200
outras obras, a grande maioria, livros da escritora infanto-juvenil
Margaret Wise Brown.
O seu interesse pela arte dos livros infantis começou ainda
aos oito anos de idade quando foi morar nos Estados Unidos; na escola, não se conformava com a qualidade dos livros então fornecidos. As ilustrações, na época, era aquelas monótonas, de duas cores, com variações entre o preto e o cinza.
Terá sido isso, confessou mais tarde, o que o fez ir
estudar Artes no Pratt Institute, em Nova York. Aí entrou em contato com técnicas desde as da pintura rupestre primitiva às góticas, renascentistas e avant-garde da ilustração francesa para
livros infantis: o material em cores.
Influenciado por todas essas variedades de expressões artísticas,
Weisgard desenvolveu uma ampla gama de cores para seus livros e incluiu no
processo de confecção das imagens novas técnicas, desde o gauche, à decupagem e
o estêncil.
O material que apresentamos hoje é um conjunto de 13 ilustrações que recuperam, no nosso tempo, a atmosfera vintage dos livros infantis.
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