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Mostrando postagens de outubro 13, 2025

Ana Paula Tavares, veias finas na terra

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Por Pedro Fernandes as palavras são como os olhos das mulheres fios de pérolas ligadas pelos nós da vida — Ana Paula Tavares Ana Paula Tavares. Foto: Matilde Fieschi São poucos dos reconhecidos escritores de Angola que encontraram certa projeção entre os leitores brasileiros sem antes ocuparem lugares de premiações expressivas como um Prêmio Camões. É o caso de José Eduardo Agualusa, que ingressou em nosso território no ponto alto da chegada dos escritores luso-africanos, de Ondjaki, que morou mesmo certo tempo por aqui, e de Djaimilia Pereira de Almeida. Os demais, um José Luandino Vieira, um Pepetela, já ingressaram nas listas do mais importante galardão para as literaturas de língua portuguesa. Enquanto isso, as lacunas são ainda enormes: Manuel Rui, Boaventura Cardoso, Uanhenga Xitu ou mesmo Ana Paula Tavares têm pouca ou nenhuma presença em um mercado editorial de fronteiras sempre alargadas, por exemplo, para o pop trash  despejado pelos Estados Unidos. Será que o Prêmio Camõ...