“Angústia”, de Graciliano Ramos, por Antonio Candido

Frontispício da 2ª edição de Angústia, de Graciliano Ramos. A 1ª edição foi também publicada pela José Olympio Editora e quando o seu autor estava preso pelo regime de Getúlio Vargas. 


Comparado a Crime e Castigo, de Dostoiévski, o romance ganhou, em 2011, uma edição especial e um ciclo de debates em torno da obra que encerrou em outubro desse ano. O motivo é que Angústia, de Graciliano Ramos fez 75 anos. 

A primeira edição foi lançada, portanto, em 1936, pela Editora José Olympio e é o terceiro romance do autor de Vidas secas. O ano e a obra são singulares: primeiro, Graciliano estava preso pelo regime ditatorial de Getúlio Vargas e segundo, o romance deixa-se (inevitavelmente) se levar por esse ambiente, estando nele visível a situação do autor com esse contexto, situação que deve ter sido a de muitos brasileiros que sofreram perseguições pela Ditadura.

A data de 75 anos do romance não foi esquecida e o grupo editorial Record lançou uma edição especial do romance e levou pelo país um ciclo de conferências que percorreu cinco estados.

A edição comemorativa de Angústia é organizada pela neta do escritor Elizabeth Ramos e conta com textos de posfácio de Otto Maria Carpeaux e Silviano Santigo, além de fortuna crítica e um texto de apresentação da própria Elizabeth. 

Já o ciclo de debates, iniciou-se ainda em setembro na Universidade de São Paulo com o professor Antonio Candido; depois foi para Brasília, Salvador, Maceió e Belo Horizonte. O encerramento do ciclo de conferências que se chamou de “Graciliano Ramos – 75 de Angústia” findou com uma exposição homônima no Saguão da Reitoria da Universidade Federal de Minas Gerais.

O motivo de rememorar esses fatos é que agora a web disponibiliza a fala da primeira conferência dentro do ciclo de falas em homenagem ao romance de 1936; abaixo:



Ligações a esta post:
>>> Nota sobre Graciliano Ramos publicada na coluna Os escritores 

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