DO EDITOR
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Can Xue. Foto: Simone Padovani |
LANÇAMENTOS
Uma das mais proeminentes
escritoras chinesas contemporâneas, Can Xue — que é com frequência comparada a Franz
Kafka, pois, assim como ele, construiu uma obra fundada em premissas próprias,
capazes de levar sua literatura a lugares aonde nenhum outro escritor chegou —
tem sua primeira obra publicada no Brasil.
Finalista do International Booker
Prize,
Histórias de amor no novo milênio é seu romance mais celebrado de
Can Xue e conta a história onírica e bem-humorada de uma miríade de mulheres
insaciáveis que estão em busca de prazer e do direito à felicidade numa cidade
industrial precária. Entre elas está Niu Cuilan, uma mulher independente, viúva
e almoxarife. Um de seus hobbies é ir a uma estância termal que oferece
“serviços especiais”. Lá conheceu seu amante, Wei Bo, que é casado e empregado
de uma fábrica de sabão, mas também exerce certas atividades ilegais. Xiao
Yuan, esposa de Wei Bo, é uma professora fissurada em relógios, e acaba se
apaixonando por dr. Liu, que exerce medicina tradicional chinesa. Long Sixiang,
por sua vez, é amiga de Cuilan, prostituta na estância e amante de vários
homens, entre eles o sr. You, um excêntrico antiquário da cidade. Em uma noite,
surge no caminho dele um pachinko que ora desaparece, ora ressurge,
inexplicavelmente. Nele, a srta. Si vai em busca de seu namorado, mas se depara
com um acidente fatal. Pela rede caleidoscópica dessas e de outras personagens
cheias de energia e arrebatadas por sexo e ambições, conhecemos não só as
histórias de amor prenunciadas no título, mas as de família e de amizade. Num
mundo de fraudes e exploração em que a sabedoria milenar se entrelaça com a
modernidade, tudo se transfigura, e as mulheres flutuam como nenúfares,
enfrentando o engano, a vigilância e a paranoia com sensibilidade. O
significado de todas as mudanças repentinas permanece em suspenso, mas a força
plenamente surrealista e simbólica das imagens preenche as lacunas do
entendimento, conforme elementos da experiência humana pouco acessados pela
linguagem emergem à consciência. Afinal, Can Xue é capaz de promover na leitura
a sensação de deslocamento e espanto que as personagens parecem experimentar.
E, como se fosse uma chave para esse repositório de fantasias, Long Sixiang
afirma: “Não entender, na verdade, é entender tudo!”. Publicação da editora
Fósforo; tradução de Verena Veludo Papacidero.
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Escrito por Pablo Neruda e
ricamente ilustrado pelas fotografias de Luis Poirot, Uma casa na areia
é
uma ode ao lar, ao mar e à poesia.
Ao sul de Valparaíso, no Chile,
está a região costeira de Isla Negra. Ali, um conjunto de rochas escuras
descansa junto ao mar formando uma paisagem de beleza selvagem que arrebatou o
poeta Pablo Neruda. Tal foi o sentimento despertado, que Neruda construiu sua
terceira casa nessa praia, e foi nela justamente onde passou seus últimos dias
ao lado da esposa Matilde Urrutia. É lá também que os dois estão sepultados. A
famosa casa foi comprada de um marinheiro, e conforme os anos se passaram foi
sendo ampliada e decorada pelos dois. Até hoje, os visitantes podem ver as
bandeiras, as âncoras, as carrancas, as garrafas e os peixes escolhidos a dedo
pelo poeta chileno — cada objeto conta sua história. O mar, sempre à vista, é o
amigo, o inquilino e o vizinho, e a maresia envolve tudo com seu misticismo. A
magia da casa que enfeitiçou Neruda está aqui expressa por palavras que
convidam o leitor e a leitora a também se deixar apaixonar. As imagens captadas
por Luis Poirot, fotógrafo chileno e amigo de Neruda, trazem outras camadas de
delicadeza e sensibilidade. E as fotos também têm sua própria história: ficaram
escondidas por décadas, protegidas da ditadura militar de Augusto Pinochet, até
serem reunidas nesta encantadora edição. Publicação da José Olympio.
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Gabriel Mwene Okoundji é
reconhecido como uma das grandes vozes da poesia africana de língua francesa
nas últimas décadas. O autor tem sua primeira antologia com poemas traduzidos
para o português.
A obra de Okounji, fluida e magnificamente clara, é uma busca fervorosa pelas
origens naturais e míticas, um eco da palavra ancestral, que dialoga com a
terra original e nos recorda a poesia de Léopold Senghor. Nascido no Congo, em
1962, e radicado na França, sua extensa obra obteve premiações importantes,
entre elas, o Prix de Poésie Contemporaine PoésYvelines (2008), o Grand Prix
Littéraire d’Afrique Noir (2010), o Prêmio Léopold Sédar Senghor de Poesia do
Cenáculo Europeu Francófono (2014) e o Prêmio Internacional de Poesia Benjamin
Fondane (2016).
Como uma sede de ser homem, ainda, primeira antologia em
português do poeta franco-congolês, inclui poemas do
Ciclo de um céu azul
(1996),
Segundo poema: poema do chão da infância (1998),
A alma
ferida de um elefante preto (2002),
Vento louco me bate (2003),
Prece
aos ancestrais (2008),
Estelas do raiar do dia: diálogos entre a Ampili
e o Pampu (2011) e
Cantos do grão semeado (2014). Os acontecimentos
da vida pessoal do autor e da vida social do seu país, permeados pela tentativa
de reconstrução íntima e coletiva no período pós-independência, são abordados e
reinventados com recursos estéticos próprios da escrita poética, tais como o
emprego intencional de metáforas, a variação entre versos curtos e longos, a
disposição dos textos com a intenção de explorar seus efeitos visuais e
sonoros. A poesia de Gabriel Mwene Okundji aborda as lutas pela independência
de seu território de origem, a defesa da liberdade de pensamento e de
expressão, a valorização das identidades étnicas e culturais a partir do
reconhecimento de sua pluralidade interna, a crítica às tentativas de
homogeneização das identidades étnico-culturais em função de um projeto de
nacionalismo dependente e o intercâmbio entre suportes de expressão, que
incluem as interferências sobre a herança linguística do colonizador, o uso das
línguas locais e a interação entre recursos da oralidade e da escrita. Segundo
o poeta Edimilson de Almeida Pereira, que assina o posfácio da presente
publicação, “a violência e o medo, a contradição e o engano, bem como a beleza
e a sensibilidade, a cooperação e o sonho estão no tecido dessa antologia. Num
tempo de rupturas dos pactos que sustentam a vida em comunidade, a obra de
Okundji — sem ignorar a herança histórica dessas rupturas — demonstra a
importância de recuperarmos ‘a sensibilidade necessária ao humano em sua
relação com o cosmo’”. Para Guilherme Gontijo Flores, tradutor da antologia, a
poesia de Gabriel Mwene Okundji é de uma potência que muito raramente
encontrada em livros. “Nela vemos a um só tempo a força da escrita e a
mutabilidade da fala, o assentamento na ancestralidade e o devir do presente,
em suma, a poesia como filosofia, história, rito e congregação de uma coletividade.
Ela tem sua estética, que é poderosíssima, mas é como se aqui o esteticismo de
fato devesse ceder a uma força vital que, em seu animismo assumido e em seu
reconhecimento da tradição teghe desdobrado em língua francesa, pedisse para
circular seu movimento por outros lugares.” Para a primeira publicação em
português da obra Gabriel Mwene Okundi foi acrescentado ao volume o texto em
prosa Aprender a dar, aprender a receber, que é um verdadeiro testamento
poético em vida de Okundji. Publicação da Ars et Vita.
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Marco da literatura antiga é
publicado em edição bilíngue no âmbito da Coleção Clássicos Comentados, da
Ateliê Editorial.
O Cantar de Roldão, a
Chanson
de Roland, poema épico anônimo de 4 002 versos, composto no século XI da
Era Cristã. O poema narra a derrota que Roldão, sobrinho de Carlos Magno
(742-814), sofreu diante dos mouros na batalha de Roncesvales em 776, nos
confins da França com a Espanha. Como se trata de poesia, será secundário
lembrar que o combate histórico se deu na verdade entre franceses e vascões
(ancestrais dos bascos) que habitavam aquela região dos Pireneus: foram
substituídos no poema pelos mouros por causa do maior apelo que os “infiéis” produziam
na imaginação do público cristão na época das Cruzadas. Em outras palavras,
saiba já o leitor que sobre o fato histórico, auferível nas fontes
historiográficas, prepondera a dimensão poética da narrativa que era oral, que
hoje, porém, queira-se ou não, na forma de livro integra a literatura (a bem
dizer nesse caso a grande literatura) e está à disposição do público lusófono.
Mais próprio do que dizer que
O Cantar de Roldão é poema épico será
dizer que é “canção de gesta”, sendo “gesta” (em francês geste, que significa
“ação notável”) o nome com que o gênero, contendo cerca de oitenta poemas, nos
chegou. Porém, curiosa e, poderíamos dizer, tragicamente neste poema, ao contrário
do que ocorre naqueles em que o herói é vencedor, como por exemplo Vasco da
Gama em
Os Lusíadas, Roldão é derrotado e vem a morrer em defesa da
retaguarda francesa e da fé cristã. O destino de Roldão depois da morte e o
destino de outras personagens, o que são as canções de gesta e seu singular
decassílabo original e enfim a própria gesta que perfez o tradutor para
vertê-lo poeticamente em português há de saber-se com a leitura do poema e dos
ensaios que compõem o volume, mas, restringindo-nos às epopeias, cabe dizer
agora que a coleção Clássicos Comentados — se contava com poemas da Antiguidade
Clássica, como a
Ilíada, de Homero, e a
Eneida, de Virgílio; se
contava com a épica renascentista que é
Orlando Furioso, de Ludovico
Ariosto — entre seus títulos não dispunha ainda de uma canção de gesta
medieval. (João Angelo Oliva Neto) Publicação da Ateliê Editorial e da Editora
da Universidade Federal de Uberlândia. A edição bilíngue tem tradução
integralmente verso a verso pelo professor Ronald Costa.
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O romance memorialístico da
autora de Cartas a uma negra
que é uma obra antirracista e feminista.
“Entre a bem-aventurada ignorância
dos primeiros anos e o momento em que cada pessoa toma consciência de si, há um
tempo em que o diminuto ser se volta para a vida como planta ávida pela
primavera. Um tempo mais ou menos ensolarado ou povoado de maravilhoso. O erro
é imaginar que as crianças são incapazes de ter sentimentos tumultuosos e
dizer, a propósito de tudo e nada, que elas não entendem.” Assim se inicia
O
tempo da infância, romance de formação sob o olhar de uma criança, que
traça a imagem de uma vida camponesa e modesta em Morne-Rouge, na Martinica dos
anos 1920.
Graças à escrita cheia de
vivacidade de Françoise Ega, a quem os leitores brasileiros conhecem por
Cartas
a uma negra ― um arrebatador diálogo imaginário com a vida e a obra de
Carolina Maria de Jesus ―, mergulhamos na trajetória dessa garota humilde e
negra que reconta sua vida numa comunidade rural antilhana nas primeiras
décadas do século XX. Junto com sua descoberta do mundo físico, palpável,
descortina-se também a dolorosa consciência do que é viver sob o jugo de uma
metrópole (a França) sendo mulher, pobre, negra e descendente de escravizados.
Em Françoise Ega, a escrita é a ferramenta adequada para alcançar a emancipação
e, sobretudo, um universalismo efetivo ― na melhor tradição dos feminismos
negros. A tradução é de Maria Clara Machado; publicação da editora Todavia.
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O novo livro de Monique Malcher.
Em
Degola, Monique Malcher
encontra a justa medida entre a ternura e a violência para contar a história de
Sol, cuja infância numa ocupação de terra em Manaus traz memórias que
evidenciam a diferença entre o sofrimento intrínseco à condição humana e aquele
erigido no barro da injustiça social. A Zona Franca de Manaus atraiu para o
Amazonas milhares de migrantes em busca de uma vida melhor. Era símbolo do
progresso. Sem recursos, a família de Sol, protagonista de
Degola, vai
morar em uma ocupação. Quando chovia, tudo virava barro, e era com ele que Sol
modelava pequenas criaturas que depois esmagava. Era gostoso destruir o que ela
mesma havia criado. As galinhas ficavam em redor dela, estranhando a menina,
temerosas. Aquele lugar tinha mesmo fama de perigoso. A vida de todos e de tudo
— humanos, animais, plantas, solo, água e ar — era violentada. Já adulta, Sol
sabia que precisava desfazer, ao menos em parte, o que dela foi feito quando
criança. Aprender a nadar se torna o caminho para essa transformação. Um rito
de passagem, que a autora descreve com beleza e originalidade magníficas.
Degola
é um delicado exercício de imaginação e de linguagem. A precisão e a
incisividade da poesia se combinam com a complexidade narrativa do romance. O
resultado é um pequeno milagre da escrita. Publicação da Companhia das Letras.
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Uma investigação sobre o emaranhado
do poder na Itália dos anos 1970.
Itália, 1978. O homem que
conduziria uma ampla coalizão política não chega ao Parlamento no dia da
histórica votação. Aldo Moro, presidente do Partido Democrata Cristão e
ex-primeiro-ministro da Itália, fora sequestrado pelas Brigadas Vermelhas. Ao
longo de 55 dias de cativeiro, políticos, familiares, imprensa e até mesmo o
papa discutem sobre sua condição: negociar com os sequestradores ou aceitar seu
destino? Ao dissecar o que foi dito e, sobretudo, o que foi silenciado nas
cartas de Moro e nos comunicados das Brigadas, Leonardo Sciascia revela que
outra saída era possível. Entretanto, havia interesse em manter Moro vivo? Mais
do que um episódio da história italiana,
O caso Moro é uma investigação
sobre o poder. O livro tem tradução de Federico Carotti; publica-se pelo Selo
Manjuba.
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Uma meditação sobre o diálogo
Fedro, de Platão, e especialmente sobre o modo como nele se pensa a dupla
natureza de eros
Eros é uma forma de “loucura” — um
desejo de posse e um perder‑se num mundo de ilusão —, mas é também “divino”,
uma experiência da beleza que desperta a alma para a interrogação da verdade. O
fio dessa meditação é dado pela discussão da relação entre filosofia e poesia,
do carácter poético‑literário do texto platónico e da origem das imagens
platónicas de eros nos poemas de Safo e em toda a tradição poética dos gregos.
Esse fio leva também à reflexão sobre múltiplos ecos das questões platónicas em
autores como Nietzsche e Proust e, acima de tudo, sobre a interpretação do
Fedro nas obras de Hegel, Heidegger e Thomas Mann. Desta forma, o livro faz
pensar no eros platónico como uma experiência surpreendentemente moderna de
subjetivização e autenticidade — mas, ao mesmo tempo, como uma experiência da
beleza e da verdade que devemos questionar se não estará irremediavelmente
perdida para nós.
Três Discursos sobre Eros, de João Constâncio, é uma
das obras que integram a coleção de livros Ensaio Aberto publicada pela Tinta-da-China Brasil.
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REEDIÇÕES
Dedicado às netas Lucia e
Margarida, este foi o último dos livros de Lygia Fagundes Telles a ser escrito
pela autora antes de sua morte, em 2022.
Lançado em 2007,
Conspiração de
nuvens foi o último livro escrito por Lygia Fagundes Telles, autora de
obras-primas como
As meninas e
Ciranda de pedra. Composto sob o
impacto da morte de seu único filho, Goffredo, ela reuniu em livro textos
autobiográficos, experimentos ficcionais e crônicas que recorrem a lembranças
pessoais para registrar o que havia de mais poético e caro em sua vida — apesar
do luto. Segundo Lúcia Telles, que assina o emocionante posfácio a esta edição,
“o que a deixou em pé pronta para a luta foi sua criação, sua literatura. Foi
assim com este livro, que trouxe para a escritora, para a mulher, para a mãe e
para a avó, a possibilidade de continuar viva”. Com revisão da autora e textos
de Ignácio de Loyola Brandão, Ubiratan Brasil e outros jornalistas sobre a
recepção do livro à época de sua primeira publicação, esta edição de
Conspiração
de nuvens traz de volta aos leitores a possibilidade de acessar a vida e os
pensamentos de uma escritora essencial para a literatura e história
brasileiras, em sua versão definitiva. Esta é também uma de suas obras mais
pessoais, com histórias de família e reflexões próprias sobre literatura,
política e a vida, numa seleta de crônicas, contos e memórias. Publicação da
Companhia das Letras.
Você pode comprar o livro aqui.
RAPIDINHAS
Milton Hatoum imortal. O escritor é agora um integrante da Academia Brasileira de Letras; foi eleito no dia 14 de agosto para a cadeira deixada por Cicero Sandroni.
Romance de estreia de Eugen Weiss
em nova edição. O livro, também o primeiro de Weiss, veio a público quando o
escritor contava setenta anos e chegou aos finalistas do Prêmio Jabuti em 2017;
agora,
Tristorosa ganha caprichada reedição pela editora Quelônio.
Mais das memórias de Patti
Smith. As livrarias estadunidenses recebem em novembro
Bread of Angels,
o livro que acompanha a trajetória da multiartista desde a infância até o
estrelato no
punk rock. A obra marca os 50 anos do disco
Horses e
chega aos leitores brasileiros no primeiro semestre de 2026 pela Companhia das
Letras.
Catulo & Horácio. A
Ateliê Editorial prepara a publicação de uma antologia reunindo textos dos dois
poetas romanos organizada e traduzida por Trajano Vieira. O livro integrará a
Coleção Clássicos Comentados.
DICAS DE LEITURA
1.
O tambor, de Günter
Grass
(Trads. Lúcio Alves e Rachel Valença, Nova Fronteira, 608p.) A
vida de Oskar, interno de um hospício, marcada pelo desejo perene de não
crescer se tornou um marco da vida adversa numa Alemanha marcada pelo colapso
moral e social.
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2.
Caminho de pedras, de Rachel
de Queiroz (José Olympio, 176p.) Uma mãe decide se integrar em uma nova célula
composta com a missão de atuar contra o fechamento dos primeiros caminhos da
liberdade com o levante do governo Vargas que resultaria na ditadura militar.
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3.
A voragem da expressão,
de Francis Ponge (Trad. Jorge Coli, Editora da Unesp, 168p.) Uma coletânea que
reúne poemas em prosa, rascunhos, reflexões sobre poesia e fragmentos de correspondências
de um ícone da poesia francesa do século XX.
Você pode comprar o livro aqui.
VÍDEOS, VERSOS E OUTRAS PROSAS
Ainda a Imprensa Nacional de
Portugal. Na edição passada deste Boletim, recordamos algumas publicações digitais
oferecidas pelo selo português da obra e seu entorno de Camilo Castelo Branco,
escritor que alcançou o bicentenário neste ano de 2025. Nesta semana, a casa
disponibiliza, no formato de edição crítica quatro títulos de outro nome incontornável
da literatura de língua portuguesa, Almeida Garrett. Coordenada por Sérgio
Nazar David, a edição reúne
O corcunda por amor,
Tio Simplício,
Falar
verdade a mentir e
O Conde de Novion. Está disponível
aqui.
BAÚ DE LETRAS
Günter Grass? Recorde por aqui
este breve perfil do escritor alemão. Foi publicado
aqui no
Letras em
abril de 2015
e com ele, você encontra outros caminhos em torno da obra
e da biografia de Grass encontrados até então neste blog, incluindo um texto polêmico em que em tempos muito distante já denunciava o perigo de Israel.
Ted Hughes nasceu no dia 17 de agosto
de 1930. Dentre as passagens do poeta inglês pelo
Letras, recordamos a
de janeiro do ano passado, quando nosso colunista e também poeta Pedro Belo
Clara nos brindou com
cinco poemas do livro
O falcão à chuva. Para dizer
que não deixamos de um todo de repetir a
circularidade dos calendários.
DUAS PALAVRINHAS
A literatura vive da crise,
floresce entre os escombros e sua função é profanar cadáveres.
— Günter Grass
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