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Mostrando postagens de dezembro, 2017

Boletim Letras 360º #251

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Magros boletins, magras postagens. Estamos em dormência. A ganhar fôlego para a rotina de mais um ano. Em breve divulgaremos em nossa página no Facebook nossa primeira promoção de 2018; permaneçam atentos! E ontem, 29 de dezembro, divulgamos nossa tradicional lista com os melhores de 2017, viram? Se não, visitem aqui . A seguir, as notícias que copiamos em nossa rede social mais visitada; como na edição passada, este Boletim Letras 360º está minado de expectativas sobre os livros que nos chegam em 2018. Boas leituras e, reforçamos por aqui, excelente ano novo! Um inédito de Sylvia Plath chega ao Brasil em 2018. Saiba mais ao longo deste Boletim. Segunda-feira, 25/12 >>> Brasil: Uma coleção de clássicos da literatura brasileira com textos do crítico Antonio Candido   A ideia é apresentada em 2018 pela Editora Ouro Sobre Azul; a coleção sai em parceria com a Edusp e é formada por romances do século XIX sobre os quais Antonio Candido escreveu. Os primeiros q

Destaques em projetos editoriais de 2017

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–  Macunaíma , de Mário de Andrade Depois que a obra do escritor modernista passou a domínio público várias casas editoriais decidiram publicar uma edição diferenciada de seu livro principal. Há livros para todos os bolsos e gostos – e isso inclui as tiragens sofisticadas. Em 2016, a Ateliê Editorial já havia organizado uma tiragem pequena com uma edição especial (integrou esta mesma lista naquele ano); e, agora, a Ubu editora, casa que tem se destacado por excelentes publicações, investiu num livro do tipo. Assim, o romance de 1928 teve o texto estabelecido por Telê Ancona Lopez e Tatiana Longo e apresentado numa tiragem limitada com monotipias de Luiz Zerbini que se utilizam da vegetação tropical na sua composição – uma relação com o caráter exuberante do texto de Mário. Da sobrecapa às imagens internas – 33 no total. A obra recupera ainda um glossário fixado por Diléa Zanotto Manfio feito para edição crítica de 1988, posfácio de Lúcia Sá e prefácios inéditos do próprio Mári

Os melhores de 2017

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Por Pedro Fernandes 2017 não foi um ano fácil. Não sei se motivado pelos rumos negativos que este país tomou e por uma descrença mortal de acentuação institucionalizada do horror ou se pelo espírito fatalista que, em parte motivado pela primeira possibilidade, se tornou mais presente entre nós, estudei de diversas maneiras dar fim ao Letras. Também é este um trabalho que suga boa parte de minha energia e no ano que agora chega ao fim apareceram mil e uma outras atividades que me colocam distante da manutenção deste projeto. Parte desse estágio melancólico ficou expresso no texto de abertura do Boletim Letras 360º #246 que marcava a passagem da primeira década deste blog online. Mas, a energia dos que fazem este espaço existir – os que aqui escrevem e os que acompanham nas redes sociais – pareceu mais forte. As vontades negativas, se não desapareceram, amainaram. E agora que paro para um recesso encontrarei outras possibilidades para as trilhas que aqui se mantêm. Par

Os melhores de 2017: prosa

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– Pretérito imperfeito , de Bernardo Kucinski. As ações neste romance, embora estejam situadas num passado qualquer do narrador, se apresentam como uma sombra sobre o presente da rememoração e em estágio de se concluir, porque afinal, a atitude central desse narrador, a de renegar o filho adotivo, só se concretiza à distância e através da escrita. E não adianta o leitor procurar por trás ou no texto o acontecido. Para alguns poderá parecer muito seca a maneira como esse narrador observa a crise de sua relação com o filho, entretanto, é a maneira mais sutil encontrada por um escritor interessado em abrir um debate muito caro para a geração que aí está: fazemos o que fazemos realmente pensando na formação de nossos filhos para o mundo ou apenas maquilamos a realidade para eles porque imprimimos repetidamente a imagem da frágil criança capaz de não sobreviver a essa realidade e a potenciamos ao melindre e à impossibilidade de agir por si sem desconsiderar o lugar do outro, inclui

Os melhores de 2017: poesia

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— Poesia completa , de Gilka Machado. A poeta foi sempre apresentada como uma das únicas mulheres representantes do Simbolismo no Brasil e pioneira da poesia erótica. Mas, há muito sua obra estava fora de circulação no país. Quer dizer, alguns de seus livros apresentados por aqui, como Carne e alma , Meu rosto , Sublimação e Mulher nua (desses apenas o último foi editado com este título pela poeta) batia recorde de preços entre os livreiros e sebistas. Uma antologia que trazia extensa parte de sua obra, Poesias  completas também há muito estava fora de catálogo. A edição organizada por Jamyle Rkain, com prefácio de Maria Lúcia Dal Farra, copia os seis livros de Gilka de Machado e preenche uma grande lacuna. Uma redescoberta que poderíamos chamar de trabalho editorial do ano no que se refere à poesia brasileira. —  Contratempo , de Pedro Mexia. Este é um dos vários poetas de grande importância para a língua portuguesa na contemporaneidade. O livro editado no B

As melhores leituras de 2017 na opinião dos leitores do Letras

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– O som e a fúria , de William Faulkner. Foi uma experiência de leitura inexplicável. É tudo forte, intenso. (Hugo Trajano, Fortaleza – CE) – A cabra vadia , de Nelson Rodrigues. Um livro que, desde a elaboração dos personagens até as tramas de enredo, desconcerta clichês da brasilidade... Nelson merece ser lido, pelo menos de duas formas: como um exímio contador de histórias sobre o homem “civilizado” e como um pensador conservador, no sentido de que não temos no Brasil tantos pensadores assim, que nos apresentam uma contrapartida ao que predomina em nossa cultura a fim de estabelecermos um diálogo... Merece a leitura de todos, mas sem as reservas de quem é muito politicamente correto. Ainda que torça o nariz, leia até o fim! Afinal, o Brasil vislumbrado por Nelson existe! Não consigo negar isso. (Luiz Eduardo Mendes, Brasília – DF) – A sombra do vento , de Carlos Ruiz Zafón. Um livro que fala sobre o amor aos livros. Todo o ambiente literário do livro é um convit

Os melhores de 2017: cinema

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–  Lady Macbeth , de William Oldroyd. O livro do russo Nikolai Leskov Lady Macbeth do Distrito de Mtsensk já inspirou diversos trabalhos grandiosos, como a ópera de mesmo título do compositor Dmitri Shostakóvitch. No cinema, antes da adaptação de William Oldroyd, o cineasta polonês Andrzej Wajda já havia realizado na década de sessenta uma leitura intitulada Lady Macbeth siberiana . A narrativa fílmica explora ao limite toda uma sorte de elementos que deflagram das pequenas às grandes violências impostas à mulher: Katherine se casa por conveniência – marca comum de seu tempo – com Alexander. Seu envolvimento com o empregado Sebastian é um dos pontos da trama favoráveis à montanha-russa de sentimentos que embalam a narrativa. E partir daqui, engana-se quem acredita que ela é apenas mais uma mulher passiva aos desmandos do macho. –  Elle, de Paul Verhoeven. Este filme lida com emoções difíceis e busca expor o lado oposto daquilo que socialmente preferimos negar a enc