Manoel de Barros, língua para brincar
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A poesia de Manoel de Barros, qualquer leitor atento poderá atestar, nasce no interior de um estágio eterno de infância. Entre a construção poética como um divertimento com palavras e a observação aguda das coisas simples, nesse oásis infante no interior da língua constrói-se pela brincadeira outra via de ler o mundo. Agora, como descrever com a linguagem do cinema esse universo? Há dois títulos (um deles comentamos por aqui ) que tomam a vida do poeta pantaneiro a partir da necessidade de, como a poesia sua, sair do trivial: Caramujo-flor , de Joel Pizzini e Só dez por cento é mentira , de Pedro Cezar. O primeiro título é um curta que traz a poesia de Manoel de Barros na voz de nomes como Ney Matogrosso e Aracy Balabanian, o depoimento de Antônio Houaiss sobre onde melhor situar, na linha da literatura brasileira, a obra do poeta, e a fala de gente como Fausto Wolff, amigo de Manoel. No longa de Cezar, a vida de Manoel é reinventada a partir de sua poesia e con