O Boom, modelo para desarmar
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Por Verónica Boix Silvina Ocampo e Adolfo Bioy Casares. Julio Cortázar chamou os leitores passivos, que não aceitam desafios, com o triste célebre designativo “leitor feminino”. Mas, além do óbvio menosprezo, a associação deixa à vista os males de uma sociedade patriarcal no século XX. Não é de estranhar, então, que nenhuma mulher tenha constituído parte do chamado Boom Latino-americano. Assim, seria impossível pensar a literatura atual – e a inusitada vitalidade que as mulheres imprimem – sem antes faltar sobre as escritoras latino-americanas que em meados do século passado já utilizavam as letras de forma transgressora, revelando-nos subjetividades novas e emoções complexas. Se já um processo literário que acontecia nos países da América Latina ou uma invenção publicitária impulsionada pela agente literária Carmen Balcells, o certo é que o Boom captou em diversos escritores características essenciais: a busca de uma identidade local e a inovação estética são algumas