Zero Zero Zero, de Roberto Saviano
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Por Gerardo Ochoa Logo quando da publicação de Gomorra , Roberto Saviano foi banido de Nápoles. A sentença “Livremo-nos de Saviano” resume o malquerer de sua cidade natal ante o retrato dos mafiosos que a governam. Mas nem as ameaças que o obrigam andar escoltado pelo polícia aonde vá não impediu que fosse mais além. E se essa obra, levada de imediato ao cinema por Matteo Garrone ainda ganhou em Cannes, foi um clássico instantâneo, Zero Zero Zero é o golpe no meio do sistema econômico e político global, o desnudamento das regras de diversas comunidades marginais, a meditação sobre a natureza do mal, o rebaixamento visceral frente a irremediável perda da esperança, o grito ante a contemplação da besta de incontáveis denominações: Neve, Branquinha, Neve Branca, Coca, Pico, Lady C., Basuko, Brisola; o petróleo branco, a cocaína. A droga chega ao seu destino em ônibus, contêineres, aviões de pequeno porte, embarcações, submarinos, mulas. Transportada como artesan