A literatura nazista na América, de Roberto Bolaño
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Por Pedro Fernandes As discussões crítico-teóricas sobre o que determinam as textualidades para o literário costumam citar a intertextualidade e a autorreflexão como dois elementos fundamentalmente recorrentes; isto é, pensando que a principal tarefa dos escritores têm sido a de renovação – e essa quase sempre se determina pela ruptura com forças já estabelecidas – é que se acredita que todo texto literário decorre do trabalho de revisão e da reflexão sobre esse trabalho. É evidente que, como todas as definições sobre o literário, essa não é (ou pelo menos não funciona como) uma verdade universal e absoluta. E sua recorrência aqui se apresenta porque A literatura nazista na América se filia a uma tradição que permitiu o pensamento crítico-teórico alcançar essa compreensão intertextual e autorreflexiva sobre a literatura. Isso porque a dicção do romance de Roberto Bolaño se constitui de uma estreita relação com o sistema literário e, por sua vez, com a materialidade que o