Os laivos de metafísica na obra de Nuno Júdice
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Por Maria Vaz Nuno Júdice é um dos poetas contemporâneos que constam da minha lista de preferências: aquela lista de poetas a que se recorre em dias de reflexão. Quem disse que as palavras alinhadas em verso não podem ser uma espécie de religião? É que, de facto, miscigenam-se com o culto ao à beleza e com aquilo que aquela, tantas vezes, esconde, na sua forma ponderada de sublimação do real. Repetidas vezes damos por nós a questionarmos filosoficamente o sentido dos ‘pequenos nadas’ que a vida quotidiana nos trás ou as grandes questões a que apenas a imaginação, ancorada na crença ou na medida da consciência que possuímos, permite conjecturar. E não será o pensamento mais racional uma mera conjectura falaciosamente assente em certezas falsificáveis? Nestes domínios a tolerância carrega consigo a aversão a dogmatismos, a restrições de uma moral que perecerá, na medida em que o bem e o mal acarretam, necessariamente, uma construção a partir de um referencial subjectivo. Enfi