O sol, de Aleksandr Sokurov
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj3lkiH5OMoIXdshy91xrRLSOBs6klFdquXFmmHkB-kKSYirYXNzRU6YQDmfaOVGB3aoddC-q-Ncc11TElSHzRx6PJhzlRL4nw9f7IEcZRyjZtcA_BKGzVow5pOtrImuWOaIeFBE__M5Ys/s640/Sun+12.jpeg)
Por Pedro Fernandes Quando estou diante de filmes cuja narrativa é arrastada como em O sol , segundo filme da tetralogia sobre o poder de Aleksandr Sokurov – os outros são Moloch , Taurus e Fausto – eu costumo aplicar um teste de resistência que se mantém com o desejo inconsciente (já me explico o porquê) de encontrar em qualquer esquina trama o elemento que me seja a grande surpresa. Há casos em que ele vem e o filme se desfaz; há casos que ele não vem e o filme é perfeito. No filme de Sokurov, acontece a segunda via. Mas, quando falo sobre o ‘desejo inconsciente’ é porque esse elemento surpresa não vem do telespectador para o filme, mas pelo trajeto contrário, isto é, do filme, mais especificamente, do modo como o cineasta concebe a arquitetura da narrativa do filme, para o telespectador. Esse trabalho já foi lido pela crítica à semelhança de outro filme sobre o fim de um estado de opressão – A queda , cujo protagonista é Adolf Hitler e a trama as últimas horas do regi