Malraux, Eisenstein e A Condição Humana: o filme virtual, o roteiro invisível
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Por Guilherme de Almeida Gesso André Malraux e Eisenstein. Foto: D. Debaboya. Arquivo Cinemateca Francesa. Breve nota Foi no ano de 2015 que, graças às pesquisas de Jean-Louis Jeannelle, um texto há muito esquecido saiu das prateleiras empoeiradas dos Arquivos de Arte e Literatura do Estado da Rússia. Refiro-me a um roteiro escrito por ninguém menos que André Malraux e Sergei Eisenstein durante a estadia do romancista em solo soviético, por ocasião de um congresso de artistas de esquerda. As 35 páginas datilografadas em francês, seguidas por desenhos e notas de Eisenstein, só eram citadas en passant pela crítica, mas nunca de fato lidas, visto que a sonhada adaptação da Condição Humana não se concluiu. Malogrado em sua aspiração à imagem, o roteiro nunca recebeu o devido enfoque. O ímpeto de Jeannelle foi portanto trazer a lume o trabalho conjunto dos artistas e afirmar que uma “inadaptação” também possui valor estético. Traduzindo a sequência final do roteir