Pacarrete, de Allan Deberton
![Imagem](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEg1c2PyOYBx16ZaEIyv0sqyq9YwEBwynxt1vNrZYxgNzf5ctoqPJEm3wCqx4aObwdbEmw-3a8bkwCuYqixA19k08lep90WmjHUOVzXJ80fMJZoqsBjbJ7NuOiXBORnbDCI9bMGeJb-W6js/s1600/Pacarrete-film.jpg)
Por Pedro Fernandes Num país tomado pelo nivelamento do gosto cultural imposto pela cultura de massa, este filme é ao mesmo tempo um hino de amor à arte e um manifesto. De regresso à terra natal para acompanhar a irmã doente, Pacarrete volta a sonhar com a possibilidade de fazer reconhecida; mergulhada na cultura francesa, sente que seu destino é integrar o palco principal da tradicional festa da cidade e desempenhar um número de balé ― inspirado de Le Carnaval des Animaux , de Camille Saint-Saëns, e eternizado pela bailarina russa Anna Pávlova. Se ela conseguirá ou não realizar o feito, não cabe aqui revelar; fica o leitor desafiado a ver o filme sabendo que nada em Pacarrete é gratuito. O conjunto bem elaborado dos elementos cinematográficos e uma narrativa que tende para o símbolo oferecem a dupla qualidade do verdadeiro cinema: contar uma história e transformá-la em imaginário. A personagem, inspirada numa figura com biografia fora do universo ficcional, é o rost