Isaac Bashevis Singer. O prêmio Nobel mais sozinho
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Por Rafael Conte Isaac Bashevis Singer. Foto: Yousuf Karsh. A última e, por enquanto, a mais persistente tentativa de reafirmar a literatura em sua vocação de eternidade foi durante o último século o Prêmio Nobel de Literatura. E fê-lo através de duas características — a sua dimensão e a sua independência — que veio a adquirir, ainda que de forma bastante desigual, uma relevância que, apesar do seu prestígio, parece por vezes beirar o patetismo, dissolvido entre o súbito impacto da sua concessão e a efemeridade de suas propostas. Algumas propostas que nem sequer sobrevivem nas habituais disputas daquelas perguntas e respostas caprichosas com as quais nossas televisões tentam falsamente se convencer (e aliás a nós mesmos) de que cumprem uma função cultural, pois bem. Pois bem, nossa contradição fundamental é que a abundância de informação se autodestrói em uma pressão onde a densidade da atualidade leva à pura e simples aniquilação da cultura, pela falta de descanso, valorização e est