O pulso do tempo: “Meio século com Borges”, de Mario Vargas Llosa
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Por Patricia Córdova Jorge Luis Borges, Mario Vargas Llosa e Alicia Jurado. Buenos Aires, 1981. Tentar entender a vida e a obra de um autor não é menos complexo do que tentar elucidar a história e o temperamento de uma nação. E é precisamente na procura das lacunas dessa complexidade que reside o valor de quem se propõe a interpretar um autor, uma obra, uma cultura. A quebra da complexidade é a única forma de garantir o verdadeiro respeito pela diversidade: aqui e ali, o eu e o outro são compreendidos, os pontos de vista são ampliados. A complexidade interpretativa nos aproxima da democracia. Seu oposto, a simplicidade interpretativa, garante o dogma, a polarização e, sobretudo, a desqualificação do que não nos é semelhante. Na literatura, na filosofia e na história é onde a interpretação crítica e criativa ocorre com maior força, pois sua existência é a única garantia para o progresso de uma sociedade. Livros e autores não bastam, eles devem ser interpretados. Meio século com Bor